Delegado: “Chorão tinha mania de perseguição e quebrava tudo”

Segundo o delegado, Chorão estava morto desde, pelo menos, o meio-dia de terça-feira.

Morte de Chorão | Divulgação
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O delegado Itagiba Franco, da Polícia Divisionária do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), disse que Chorão acreditava que estava sendo perseguido. "Ele chegava em casa quebrando tudo, por isso a bagunça [no apartamento]", afirmou ele em entrevista à jornalistas na tarde desta quarta-feira (6).

Segundo o delegado, Chorão estava morto desde, pelo menos, o meio-dia de terça-feira. Mas o corpo do vocalista do Charlie Brown Jr. foi encontrado somente na madrugada desta quarta em seu apartamento, em São Paulo. Itagiba contou que, na última semana, Chorão se hospedou em quatro hotéis diferentes de São Paulo. Na última hospedagem, ele chegou a se desentender com funcionários.

As circunstâncias da morte ainda estão sob investigação do DHPP e o exame toxicológico, que deverá apontar se havia cocaína ou outras substâncias no corpo de Chorão, será divulgado em duas semanas. Itagiba revelou que foram encontrados na casa frascos do ansiolítico Lexotan e uma pasta de dentes usada para adormecer a gengiva --Chorão costumava morder a boca quando estava ansioso.

A hipótese de suicídio foi descartada. "Chorão tinha planos. Ele ia fazer uma viagem de negócios nos Estados Unidos", contou o delegado. Para Itagiba, relacionar o caso com overdose de drogas, neste momento, também seria "leviano".

Paramédicos encontraram o corpo do músico de bruços no chão da cozinha, com as mãos machucadas e já sem vida, sozinho em casa. O apartamento, que fica no oitavo andar de um prédio no bairro de Pinheiros, estava revirado, sujo e havia bastante vestígio de sangue.

A apresentadora Sonia Abrão, prima do cantor, afirmou que ele estava em depressão por causa de problemas pessoais envolvendo divórcio da mulher, a estilista Graziela Gonçalves. Chorão deixa o filho Alexandre, de 23 anos.

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