O ano que vem será o mais movimentado na história da General Motors no Brasil, com uma verdadeira avalanche de lançamentos. Alguns já são bem conhecidos -- como o Cruze hatch, já à venda no mercado externo --, outros ainda são misteriosos, como os monovolumes que substituirão Meriva e Zafira, ou a linha Ônix. Quanto à possível importação do Sonic em 2012, se havia alguma dúvida sobre ela, não há mais.
Pipocam pela web os flagrantes do modelo em carroceria hatch, circulando em São Paulo com camuflagem até leve, que não consegue (e, na verdade, nem quer) esconder sua identidade.
Bons exemplos são as fotos que recebemos do leitor Fábio dos Santos Silva, de São Paulo. Ele fotografou um exemplar do Sonic trafegando na avenida Tancredo Neves, um dos corredores de acesso ao ABC, região da fábrica da GM. O agressivo conjunto óptico com dois canhões circulares e o defletor na extremidade do teto são inconfundíveis. Embora a dianteira tenha muita personalidade, a traseira parece herdada de modelos como Ford Ka e Honda Fit. Mas há um detalhe bacana: a maçaneta das portas traseiras fica na lateral, escondida ao lado da janela.
O Sonic à venda nos Estados Unidos (em outros mercados chama-se Aveo) parte de US$ 14.635 (preço para o concessionário). Todas as versões (LS, LT e LTZ) têm, de série, dez airbags e motor Ecotec 1.8, o mesmo do Cruze -- há opção de propulsor 1.4 turbo. Sua plataforma é a mesma do Cobalt e do Spark.
A fabricação do Sonic já começou em unidades da GM nos EUA e na Coreia do Sul, mas a viabilização comercial do modelo no Brasil depende de sua fabricação no México, que deve começar no primeiro trimestre de 2012.
A fábrica da GM naquele país (em Ramos Arizpe) conseguiria entregar cerca de 28 mil unidades no próximo ano -- virtualmente todas para os mercados latino-americanos. Portanto, espera-se o lançamento do Sonic no Brasil até, no máximo, maio de 2012.
Por aqui o hatchback deve substituir rapidamente o Corsa hatch, enquanto o Sonic três-volumes, também já flagrado no Brasil, é uma espécie de "Cruzinho", mas um pouco menor que o Cobalt.
Assim, a gama compacta/média/grande de sedãs da Chevrolet no país poderia ser composta por Sonic sedã, Cobalt, Cruze, Malibu e Omega. De hatches, por Sonic, Agile e Cruze hatch. Mas pode ser que o Cobalt fique como um sedã "solteiro", sem hatch, e o Sonic, um hatch "solteiro", sem sedã. Assim, eles substituem Astra hatch e sedã, Corsa hatch e sedã. Uma troca de quatro por dois, que não deixa de ser exemplo de racionalização.