?Se você tratar o adolescente como bandido, ele vai agir como bandido. Quando tratado com respeito, ele responde à altura. É assim que operamos aqui: praticamos o respeito e tratamos todos com igualdade?, avisa Francisco Herberth Neves da Cruz, coordenador geral do Centro de Educação Masculino (CEM), unidade corretiva mantida pela Secretária de Assistência Social e Cidadania (SASC) que realiza medidas socioeducativas a menores infratores sentenciados pela justiça.
Mais conhecido como CEM, o centro realiza uma série de atividades que buscam reinserir o adolescente infrator na sociedade. Lá dentro os menores têm acesso ao ensino regular, cursos profissionalizantes, atividades culturais e cumprem uma série de obrigações sociais, todas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Tudo para que eles possam ser perfeitamente incluídos na sociedade quando retornarem ao convívio social.
Os cursos profissionalizantes de panificação, reciclagem e informática são oferecidos pelo CEM durante todo o ano.
Mais que assistencialistas, estas oficinas apostam na cidadania ao reconstruir a capacidade de socialização dos internos. A eles é dada a oportunidade de aprender um ofício digno que será útil no mercado de trabalho quando o adolescente conquistar a liberdade longe das grades.
Essas atividades de capacitação contribuem para a reintegração dos internos no mercado formal de trabalho. Através do Programa de Egressos, a SASC proporcionou a entrada de 35 jovens no mercado de trabalho e cinco deles já possuem carteira assinada. Graças ao CEM, outros seis internos irão realizar os testes do ENEM no mês de novembro.
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