Há 35 anos, era plantado no coração de Teresina o Centro de Valorização da Vida (CVV). A associação civil sem fins lucrativos começava, em novembro de 1985, a disponibilizar um serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio.
Hoje, por meio de múltiplas plataformas, entre elas a linha 188 e por chat no site cvv.org.br, voluntários conversam sob total sigilo e anonimato com quem busca a compreensão, amparo e um diálogo sensível.
A pandemia do coronavírus provocou mudanças no funcionamento do projeto, que precisou diminuir a quantidade de voluntários nos postos de atendimento, mas isso não abalou o desempenho desse nobre serviço que salva vidas.
Este ano, de janeiro a novembro, 15.400 pessoas recorreram ao CVV de Teresina em busca de ajuda. Eyder Mendes, coordenador do Centro na capital piauiense, disse que, comparada ao ano passado, a quantidade de ligações não apresentou queda ou aumento, mas aponta a inclusão de um problema mundial que tem afetado a população.
"Neste período de pandemia, as ligações continuaram no mesmo patamar de quantidade. Mas, na realidade, o que houve foi uma mudança dos problemas que as pessoas nos revelam. Passou de problemas emocionais diversos para o medo contrair a Covid-19 e medo de morrer através da pandemia", informa.
Eyder Mendes reforça que sempre é um bom momento para pedir ajuda e que o CVV está à disposição para ouvir e apoiar quem está passando por um problema difícil.