Pernambuco apresenta 1.883 casos notificados de bebês com microcefalia, dos quais 334 foram confirmados e 816 foram descartados, de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta terça-feira (26). Os dados, que se referem ao período de 1º de agosto do ano passado até o dia 23 de abril deste ano, mostram que 43,3% das suspeitas da malformação cerebral foram descartadas, enquanto 17,7% das notificações foram confirmadas. Os demais 733 casos seguem em investigação.
Em comparação com o balanço anterior da SES, divulgado em 20 de abril, são 38 casos descartados a mais, 12 novas notificações, uma confirmação adicional registrados em uma semana. Já a relação do vírus da zika com os casos de microcefalia foi encontrada em 148 bebês, nos quais o Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fiocruz, detectou o anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano, o que significa que houve exposição dos bebês ao vírus. Dos 227 testes realizados, 76 casos tiveram um resultado negativo, enquanto três permanecem inconclusivos.
Desde o início de dezembro do ano passado, 4.032 casos de gestantes com manchas vermelhas na pele foram notificados no estado. Desse total, 23 mulheres apresentaram a confirmação de microcefalia do bebê intraútero, mesmo número de casos confirmados com relação ao boletim anterior.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, as manchas podem ser ocasionadas tanto pelas arboviroses (dengue, chikungunya ou zika), quanto por rubéola, intoxicação, alergia ou alguma outra virose. Elas também não são um indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia.
Pernambuco apresenta ainda 25 casos de bebês que nasceram mortos e 25 que vieram a óbito logo após o nascimento, mas nenhum dos casos teve a microcefalia como causa básica de morte, segundo a SES.