Casos de linfoma, tumor de Gianecchini, vêm crescendo muito

Ator Reynaldo Gianecchini, 38, anunciou na quarta que recebeu diagnóstico do tumor

O ator Reynaldo Gianecchini, que foi diagnosticado com câncer. | Reprodução Web
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O número de novos casos de linfoma não Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Na quarta-feira, o ator Reynaldo Gianecchini anunciou que recebeu o diagnóstico do tumor. Ontem, o Hospital Sírio-Libanês, onde ele está internado, em São Paulo, confirmou o diagnóstico, feito por meio de biópsia.

Segundo a literatura médica internacional, o número de casos da doença cresce entre 3% e 4% ao ano. Em 2009, no Brasil, foram registrados 9.100 novos casos. Os médicos ainda não sabem por que isso vem acontecendo. Carlos Chiattone, professor de hematologia e oncologia da Santa Casa de São Paulo, afirma que o envelhecimento da população pode estar entre as causas."O linfoma atinge todas as faixas etárias, mas incide mais em quem passou dos 60 anos."

Uma minoria de casos pode ter relação com imunodeficiência. Pacientes que fazem tratamentos contra doenças autoimunes, para receber transplante de órgão ou que tenham Aids estão sujeitos a um risco maior. "Mas não dá para associar uma coisa à outra." Causas ambientais também são investigadas, como o uso de pesticidas. Mesmo assim nem todas essas causas somadas dariam conta de explicar o fenômeno.

Os linfomas se dividem em duas grandes categorias: Hodgkin e não Hodgkin. A diferença está no tipo de célula detectada no exame patológico usado para diagnosticar a doença. O caso de Gianecchini é de linfoma não Hodgkin, mesmo tipo detectado no presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em 2010, e na presidente Dilma Rousseff, em 2009.

De acordo com a médica Yana Novis, coordenadora de onco-hematologia do Hospital Sírio-Libanês, os de tipo Hodgkin têm um prognóstico um pouco melhor, mas não dá para generalizar as chances de cura de cada paciente. O tratamento dos linfomas não Hodgkin é feito com químio e imunoterapia. É usado um tipo de anticorpo que se liga às células de câncer. Isso permite às defesas do paciente destruir as células do linfoma.

Carlos Chiattone afirma que as chances de cura ficam em torno de 60%. "Mas isso depende da condição física do paciente." Alguns sintomas da doença são inchaço indolor dos gânglios e suor noturno.

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