Teresina registrou, em 2011, 131 casos de câncer no colo do útero e 205 casos de câncer de mama. Os números, segundo a coordenadora do núcleo de Saúde da Mulher da Fundação Municipal de Saúde, Rita Portela, mostram que a incidência de casos de mulheres diagnosticadas com a doença cresceu e preocupa as autoridades em saúde do município.
Além de mostrar o crescimento do número de casos do câncer de mama e manutenção no número de câncer de colo do útero, dados da Fundação Municipal de Saúde, mostram ainda que a população feminina de Teresina cresceu muito nos últimos anos e em contrapartida, o número de exames citopatológicos diminuiu. Em 2006, o número de mulheres da capital era de 176.861 entre 24 e 59 anos e foram realizados 64.017 exames citopatológico. Já em 2010, a quantidade a população feminina era de 214.331 e somente 49.800 fizeram o exame.
?É uma pena que muitas mulheres não tenham a consciência da importância da realização desse tipo de exame, afinal ele é fundamental para detectar a doença. Nós sabemos que se constatado no início, o câncer de mama e o de colo do útero são perfeitamente tratáveis. Mas para isso é necessário que as mulheres estejam sempre realizando esses exames?, lamentou Rita Portela.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Rita explica que as mulheres com idade entre 24 e 59 anos devem realizar o exame de prevenção de câncer do colo do útero a princípio, uma vez por ano, nos primeiros dois anos. Depois disso, caso não haja nada que aponte indícios da doença, ele deverá ser realizado a cada três anos. No caso da prevenção do câncer de mama, o exame também deverá ser realizado uma vez por ano, dos dois primeiros anos e depois disso, deve ser feito a cada dois anos. Se houver fator de risco, a mulher deverá ficar mais atenta.
O câncer de colo de útero é a segunda maior causa de morte entre mulheres no Brasil, ficando atrás somente do câncer de mama. Pensando em mudar essa realidade, a FMS realiza mais um treinamento com os profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), desta vez, com médicos e enfermeiros da Coordenadoria Regional de Saúde Sul.
Segundo Rita Portela, o objetivo é capacitar os profissionais quanto aos métodos usados para o tratamento a esse tipo de doença. ?O Ministério da Saúde padronizou as formas de tratamento da doença em todos os estados, então precisamos manter esses profissionais informados sobre essas formas de tratamento?, disse. O treinamento acontece de 16 a 20 de abril, às 14h, no auditório do centro de Formação Odilon Nunes.