Após o caso do vídeo em que uma aluna da 7º ano de uma escola municipal do Parque Itararé aparece em cenas de sexo oral com outros estudantes, de 13 e 15 anos, o meionorte.com conversou com a psicóloga Kislly Urtiga e o José Welton, coordenador do Conselho Tutelar.
O vídeo foi compartilhado pelos alunos nas redes sociais, o que causou grande constrangimento para a criança, que tem apenas 11 anos. Os três estudantes foram afastados das aulas, pois a menina sofria bullying por parte dos colegas, e chegou a ser apedrejada.
A mãe da menina contou que ela se recusa a sair de casa e a se alimentar, e chora muito. Para a psicóloga Kislly Urtiga, quanto mais se fala no assunto, mais sofrimento é causado à menina.
?Não diria que é uma falta de moral, é mais uma falta de conhecimento no assunto?, disse Kislly. ?Por quê existe esse medo de se discutir a sexualidade? Por que só se fala idsso quando acontece um caso como esse?? questionou. Segundo ela, os jovens começam a vida sexual cada vez mais cedo, mas sem nenhuma orientação. ?Os adolescentes andam em grupos, e aprendem uns com os outros sobre sexualidade. Hoje em dia eles tem a TV e a internet como babás eletrônicas?, afirmou ela ao meionorte.com. A escola, na visão da psicóloga, deveria usar o fato e transformar em discussão, em educação sexual.
José Welton, coordenador do Conselho Tutelar disse que se tentou manter o caso em sigilo, para não aumentar o constrangimento da menina. Para ele, o ato se constitui em estupro de vulnerável, pela diferença de idade entre os envolvidos (a menina com 11 anos, os meninos de 13 e 15 anos). Ele disse que a mãe da menina deve ir, acompanhada do Conselho Tutelar, até uma delegacia para registrar um Boletim de Ocorrências.