A filha de Edison Brittes, assassino confesso do jogador Daniel Correia Freitas, Allana Brittes, deixou a prisão na tarde desta quarta-feira (7). Ela estava detida na Penitenciária Feminina de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), desde novembro de 2018.
Allana teve um pedido de habeas corpus aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), na tarde de terça-feira (6). A decisão foi unânime dos cinco ministros da 6ª Turma, segundo o STJ.
A jovem é ré no processo que investiga a morte do jogador Daniel, que ocorreu em 27 de outubro do ano passado. O crime foi depois da festa de 18 anos de Allana, em uma casa noturna de Curitiba.
Outras cinco pessoas, incluindo o pai e a mãe, também estão presas. Há ainda uma acusada que responde em liberdade. Ela é acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa.
Allana estava presa em regime fechado, na mesma cela em que a mãe, Cristiana Brittes. A jovem responde pelos crimes de coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor.
A partir de agora, ela terá que cumprir medidas cautelares como:
-Comparecimento bimestral em juízo;
-Proibição de acesso a bares e casas noturnas;
-Proibição de manter contato com os réus e testemunhas do processo;
-Proibição de se ausentar da comarca onde reside e do país de origem.
Crime
Daniel foi encontrado morto na área rural de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, com sinais de tortura. O jogador nasceu em Juiz de Fora (MG) e tinha 24 anos.
Em depoimento à polícia, Edison Brittes afirmou que matou Daniel porque o jogador tentou estuprar Cristiana.
Segundo a investigação, Daniel tirou fotos ao lado da esposa do empresário, no quarto do casal, antes do crime. De acordo com a Polícia Civil e o Ministério Público do Paraná (MP-PR), não houve tentativa de estupro.
Mensagens de Allana
Lucas Stumpf, conhecido como Lucas Mineiro, que é considerado pela polícia a principal testemunha do caso, disse que Allana mandou mensagens para ele insistindo por um encontro com as pessoas que estavam na festa na casa da família no dia seguinte ao crime.
Segundo a polícia, Edison Brittes reuniu os amigos da filha para combinar uma versão sobre a morte do jogador. O encontro ocorreu em um shopping, em São José dos Pinhais.
(Com informaçoes do G1)