Casal que vive em aeroporto quer “carona” aérea para Roraima

O casal, que viaja com três filhas menores e uma cunhada, não tem dinheiro para voltar para o Panamá

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Já que não consegue dinheiro para comprar as passagens de volta para o Panamá, onde mora, o casal de argentinos, que há cerca de dois meses está morando no Aeroporto Internacional Tom Jobim, já aceita até uma "carona" aérea até Roraima. De lá, os argentinos pretendem voltar para casa.

O casal, que viaja com três filhas menores e uma cunhada, não tem dinheiro para voltar para o Panamá, onde vive há cerca de três anos. Eles não aceitaram ajuda do Consulado da Argentina para retornar a Buenos Aires.

?Fomos a Buenos Aires visitar meu pai que está muito doente. Por causa da doença do meu pai, minha mãe teve de vender tudo. Eles vivem num quarto e sala. Não há espaço para seis pessoas numa casa com uma pessoa que não reconhece ninguém. Minha mãe está muito idosa e não quero que ela tenha mais preocupações?, disse a argentina Liliana Sava, se justificando por ter negado ajuda do consulado.

AJUDA DO CONSULADO

A argentina não soube explicar direito porque não conseguiu ajuda do Consulado do Panamá. Primeiro, disse que era porque a família não tem tempo para requerer a cidadania panamenha. Depois disse que não estava morando lá há muito tempo para fazer o pedido de residência definitiva naquele país.

?Nem sei se quero mais a cidadania. Queria ter a residência?, disse Liliana.

Liliana afirma que não quer ajuda de ninguém e que só pretende obter as passagens para as seis pessoas ? que custa cerca de R$ 8 mil ? para voltar ao Panamá. Ela acredita que, se conseguisse ir até Boa Vista, em Roraima, teria mais facilidade para voltar para casa.

?Iria contatar um amigo que vive na Venezuela. Ele nos pegaria e levaria para Caracas. De lá, a passagem para chegar ao Panamá é mais barata. Lá, com R$ 2 a gente consegue comer alguma coisa na rua, aqui não. Tudo aqui é muito caro?, disse Liliana, que vem sobrevivendo com a família graças à generosidade das pessoas que trabalham no aeroporto e da família do PM José Walber Francisco, que se sensibilizou com a história dos argentinos.

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