O governo dos Estados Unidos demitiu dois dirigentes do Departamento de Segurança Interna, segundo uma reportagem do jornal "The Washington Post" desta sexta-feira (13).
Os demitidos foram Valerie Boyd, a chefe de assuntos internacionais, e Bryan Ware, um assessor sênior de segurança cibernética e infraestrutura.
Segundo um interlocutor do jornal na Casa Branca (sede do governo), o núcleo em torno de Donald Trump busca pessoas totalmente leais, e servidores que já trabalharam em gestões de outros presidentes são vistos com desconfiança --Boyd trabalhou para Obama e George W. Bush.
Houve demissões também no exército dos EUA. Três dirigentes do Pentágono (nome do edifício onde fica a sede das Forças Armadas dos EUA) foram demitidos, entre eles o secretário de Defesa, Mark Esper.
Comunicado do departamento
Na quinta-feira, o setor de de segurança cibernética e infraestrutura do Departamento de Segurança Interna divulgou um comunicado no qual afirma que a eleição presidencial dos EUA de 2020 foi "a mais segura da história americana".
"A eleição de 3 de novembro foi a mais segura na história americana. Neste momento, por todo o país, autoridades eleitorais estão revisando e verificando todo o processo das eleições antes de finalizar o resultado", diz o comunicado.
O comunicado contradiz as alegações do presidente Donald Trump, candidato republicano que não aceita a derrota na tentativa da reeleição e insiste que houve fraude no país. O democrata Joe Biden foi declarado vencedor da disputa segundo projeções de institutos que trabalham nas eleições americanas há décadas.
Ainda de acordo com o documento, "não há evidências de que qualquer sistema de votação excluiu ou perdeu votos, alterou votos ou foi de alguma forma comprometido", contrariando o que diz Trump.