Policiais militares que faziam a segurança do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach — executado com 10 tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo na sexta-feira (8) — dizem que um dos carros usados para buscá-lo teve um problema na ignição.
O outro veículo precisou deixar um dos seguranças num posto de gasolina para liberar assento para o empresário e namorada, que voltavam de Maceió. Com isso, os PMs alegam que só chegaram ao local depois do assassinato.
Jurado de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) após denunciar esquemas criminosos ao Ministério Público, Gritzbach contratou quatro PMs para fazerem sua segurança.
Leandro Ortiz, Adolfo Oliveira Chagas, Jefferson Silva Marques de Sousa e Romarks César Ferreira de Lima são investigados pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e foram afastados de suas funções neste sábado (9).
Confira a cronologia dos fatos antes da execução, segundo os depoimentos:
- Os quatro PMs se encontraram no apartamento do empresário localizado no bairro Anália Franco, Zona Leste da capital, onde eram esperados pelo filho e sobrinho do Gritzbach.
- Eles iriam buscar Gritzbach e a namorada na área de desembarque do Terminal 2 do aeroporto. O casal voltava de Maceió.
- O grupo se dividiu em dois carros blindados. No Amarok, estavam os policiais Adolfo e Leandro. Enquanto o Trailblazer era ocupado por Jefferson, Romarks e o filho e sobrinho do empresário.
- No trajeto para o aeroporto, o grupo da Trailblazer parou em um posto Ipiranga por volta das 15h. Após cerca de 20 minutos, os outros policiais chegaram na Amarok.
- O filho do empresário, então, informou aos PMs sobre a chegada do pai, por isso a Trailblazer seguiu viagem. No caminho, eles descobriram que a Amarok teve problema na ignição.
- Com isso, não assentos disponíveis na Trailblazer para o empresário e a namorada, por isso Jefferson voltou para o posto de gasolina e deixou o colega Romarks.
- Jefferson e o filho e sobrinho de Gritzbach seguiram para o aeroporto, deixando para trás os três seguranças.
- Quando o carro se aproximava do portão de desembarque, eles ouviram barulhos de disparos de arma de fogo.
- Jefferson passou a direção da Trailblazer para o sobrinho do empresário e o orientou a voltar ao posto de gasolina com o primo.
- Em seguida, Jefferson entrou em contato com Adolfo e Leandro e pediu apoio para o local. Ele encontrou o empresário caído no chão e baleado.
- Posteriormente, Jefferson pediu que o filho e sobrinho do empresário comparessem na área de embarque do aeroporto.