Rio - O cantor e compositor Carlos Roberto de Oliveira, o Dicró, de 66 anos, morreu vítima de um infarto, no fim da noite desta quarta-feira, em Magé, na Baixada Fluminense. O sambista era diabético. Ele passou mal em casa, no distrito de Mauá, após ter se submetido a uma sessão de hemodiálise durante a tarde. O músico foi levado para o hospital do município, mas não resistiu.
Segundo o filho do sambista, César Dicró, o pai não vinha se sentindo bem desde terça-feira. Ele reclamava de dores no corpo. O cantor estava sendo submetido a sessões de hemodiálise a cada 48 horas. O músico deixa mulher, três filhos e três netos.
Dicró ficou conhecido como intérprete de sambas bem-humorados em que ironizava a própria sogra. Ele também era conhecido como "Prefeito do Piscinão de Ramos", uma das principais áreas de lazer da Zona Norte do Rio, e da qual foi um dos incentivadores da criação. Lá, ele manteve um trailer que se tornou point de sambistas.
Dicró lançou 12 discos em sua carreira. Em 1995, ele se uniu a Moreira e Bezerra da Silva, sambistas que também ficaram conhecidos por interpretar sambas bem-humorados, e lançaram o CD "Bezerra, Moreira e Dicró - Os 3 Malandros In Concert". O trabalho marcou a carreira dos três.
O enterro de Dicró está marcado para às 16h desta quinta-feira, no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, na Baixada Fluminense, município onde o sambista nasceu.