Câncer que vitimou atriz Eva Wilma é o que mais mata mulheres no mundo

O médico ginecologista e pesquisador científico da Faculade de Medicina da USP, Alexandre Faisal, comentou sobre o assunto

Silenciosamente, esse tumor é um dos mais agressivos dentre os tumores femininos. | Pixabay
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A morte aos 87 anos da atriz Eva Wilma no fim de semana, que estava internada no hospital em São Paulo, reacende um assunto que preocupa as mulheres: o câncer de ovário. O gravamento da doença acarretou problemas cardíacos na atriz provenientes do tumor. 

O médico ginecologista e pesquisador científico da Faculade de Medicina da USP, Alexandre Faisal, comentou sobre o assunto. Para Faisal, embora o tema do câncer no ovário não ocupe muito o noticiário, é algo bastante importante para a saúde feminina.

Silenciosamente, câncer do ovário mata muitas mulheres no mundo- Foto: Pixabay

Esse tumor é um dos mais agressivos dentre os tumores femininos. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) cerca de seis mil casos novos da doença foram registrados no período de 2018 a 2019, “isso significa seis novos casos a cada 100 mil mulheres por ano”, explica o especialista.

Faisal adverte que esse tipo de câncer é bastante silencioso, com os sintomas só aparecendo nas fases tardias da doença. “Nas fases iniciais, o diagnóstico pode passar despercebido. A pessoa não tem sintomas e não faz o diagnóstico e pode gerar um tumor nas mulheres com mais de 45 a 50 anos”.

Nas colocações do especialista, o tratamento do câncer de ovário tem evoluído bastante de décadas atrás e o rastreamento da doença deve ser seguido à risca.  

"O rastramento quer por meio de ultrassom ou por marcadores biológicos - proteinas que aparecem no tumor, mostram que o rastreamento não reduzem a mortalidade relacionadas à doença, mesmo que o toque ginecológico é contra indicado.  Outra questão, é o risco do exame gerar resultados falso-positivo e é bastante alto no rastreamento do câncer de ovário, quase 12% dos resultados sugerem que a mulher tem uma doença de fato que ela não tem. Então a partir daí entramos com novas investigações e procedimentos cirúrgicos", finalizou. 

O dia 7 de junho é o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer do Ovário para consientizar a população. 

Ela descobriu o câncer de ovário

A paulista Thais, 31 anos, descobriu que tinha câncer de ovário. O tumor cresceu bastante, era bem agressivo e avançava muito rápido. Mas ela não se deixou abater pela doença. Hoje, a jovem lida com a alegria da cura que veio com o tratamento. Veja o depoimentos emocionante.

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