O Hospital Israelita Albert Einstein informou na manhã desta sexta-feira (24) que a empresária Eliana Tranchesi, de 56 anos, ex-dona da butique de luxo Daslu, morreu em decorrência de um câncer pulmonar, complicado por pneumonia. Ela lutava contra o tumor desde 2006. Eliana morreu nesta madrugada, no hospital da Zona Sul de São Paulo.Em 2011, Eliana vendeu o comando da Villa Daslu, mas manteve-se como consultora da marca.
As duas lojas da Daslu - uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro - não abrirão nesta sexta, segundo a assessoria de imprensa da marca.
O corpo de Eliana era velado nesta manhã no Hospital Albert Einstein e será enterrado do Cemitério do Morumby, também na Zona Sul. Segundo a assessoria de imprensa da Daslu, o corpo deverá ser enterrado às 15h.
Eliana comandava a empresa fundada há mais de 50 anos anos por sua mãe, Lucia Piva. Em março de 2009, ela foi condenada a 94 anos e meio de prisão por crimes como descaminho, formação de quadrilha e falsidade ideológica, como resultado da operação Narciso, da Polícia Federal (PF). Ela chegou a ficar presa logo após o julgamento, mas foi solta por meio de um habeas corpus.
Quando Tranchesi estava presa, sua defesa apresentou um relatório médico informando sobre o tratamento contra o câncer que ela fazia, alegando que a empresária não deveria permanecer em uma prisão comum, sendo recomendado a prisão domiciliar.
Em fevereiro de 2011, os credores da Daslu aprovaram o plano de recuperação judicial que prevê a venda da empresa. A butique de luxo, instalada na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo, foi vendida ao Fundo Laep, do empresário Marcus Elias. A ?antiga? Daslu, que ficou nas mãos da empresária, é, hoje, responsável por negociar os estimados R$ 500 milhões em dívidas com a Receita Federal. A marca Daslu possui atualmente duas lojas - uma no Shopping Cidade Jardim, na capital paulista, e outra no Fashion Mall, no Rio.