Próxima segunda-feira (31) é o último dia das campanhas nacionais contra a poliomielite – também conhecida como paralisia infantil – e de atualização da caderneta de vacinação. Até o momento, 27.692 crianças de seis meses a menores de cinco anos foram imunizadas em Teresina, o que corresponde a 50% do público-alvo.
Esta é a 36ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e neste ano comemora-se o 26º ano sem a doença no país, estando livre desde 1990. Porém, até que aconteça a certificação mundial da erradicação da doença, todas as ações devem ser mantidas. “A poliomielite ainda é considerada endemia e epidemia em 15 países, entre eles Síria, Afeganistão e outros”, afirma a diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Amariles Borba. “Sabemos que, com a facilidade de deslocamento e a situação de guerra que contabiliza mais de 25 milhões de refugiados em acampamentos pelo mundo, ainda estamos vulneráveis à chegada do vírus selvagem em nosso país”, informa ela, lembrando ainda que, no ano de 2013, foram encontradas amostras do poliovírus nos esgotos do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.
As sequelas da doença não têm cura e estão relacionadas ao comprometimento do sistema nervoso. O paciente pode apresentar paralisia dos músculos das pernas, comprometendo o caminhar e/ou paralisia dos músculos respiratórios ou de deglutição. De acordo com a OMS, 5 a 10% das pessoas com este quadro podem evoluir a óbito. “A única forma de proteger a população contra esta doença, que também pode atingir adultos, é a vacinação”, alerta Amariles Borba.
Em conjunto com a campanha contra a poliomielite, está ocorrendo a mobilização para atualização das cadernetas de vacina. Trata-se de uma estratégia onde em um único momento são oferecidas à população alvo várias vacinas ao mesmo tempo, a fim de melhorar a cobertura vacinal e atualizar o esquema vacinal de acordo com o calendário básico de vacinação na caderneta de saúde das crianças menores de cinco anos de idade (0 a 4 anos 11meses e 29 dias).
"Nestas campanhas procuram-se administrar vacinas de forma seletiva e possibilitar a atualização da situação vacinal, como a vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Os resultados destas ações podem ser comprovados na redução das doenças imunopreveníveis no país como sarampo, coqueluche, tétano neonatal e acidental e meningites", destaca Luciano Nunes, presidente da FMS. “Por isso, pedimos a todos que levem suas crianças para serem vacinadas”, finaliza ele.