A campanha de vacinação contra a poliomielite ou paralisia infantil proposta pelo Ministério da Saúde, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), está prevista para ser lançada neste sábado (15) e visa garantir o controle de casos da Poliomielite no país, que desde a década de 1990 não há casos registrados. A meta de vacinar um total de 55.435 crianças até 31 de agosto.
O público-alvo da campanha, que deverá acessar um das 104 salas de vacina em Teresina, é criança de seis meses a menor de cinco anos de idade. Considerando metas por faixa etária serão: 6.678 crianças de seis meses; 13.853 crianças de 01 ano; 11.855 crianças de 02 anos; 11.751 crianças de 03 anos e 11.765 crianças de quatro anos.
Apesar de o Brasil não ter registrado casos de Poliomielite há mais de duas décadas, isso não significa que os órgãos de saúde e a população podem ficar despreocupados, pois ainda é alto o índice de vítimas em outros países.
É o que explica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da FMS: “Há 25 anos não temos casos registrados, já em outros países como Afeganistão, Paquistão, Nigéria, Iraque, Somália e a Síria, têm surtos que elevam os números de vítimas. Por isso há possibilidades deste vírus selvagem chegar ao Brasil. Estamos em risco”, destaca.
A vacina contra a poliomielite, de uso oral, é produzida com vírus atenuados, isto é, quando o poliovírus ainda vivo torna-se um dos elementos da dose e proporciona a formação de anticorpos em defesa do corpo contra infecções. “A vacina é fabricada com o vírus que não são mortos, mas sim atenuados. O que faz com que o vírus perca força para causar doenças. A multiplicação do vírus atenuado no corpo provoca a formação de anticorpos, que são ‘soldados’ que defendem nosso organismo.
Questionada sobre a forma de se prevenir da Poliomielite, Amariles Borba aponta a vacinação em massa do público infantil. “A maneira de combater a Poliomielite é ter 98% das crianças vacinadas com três doses e um reforço. Se ocorresse a vacinação em todos os municípios do país. Só que não acontece”, aponta.
“Nós queremos proporcionar toda a chance de vida plena às crianças, segundo o seu potencial genético, para que essas possam talvez participar de uma Olimpíada e não de uma paraolimpíada”, acrescenta a diretora de Vigilância em Saúde da FMS.
O Dia D, que vai acontecer no dia 15, será o lançamento da campanha contra a Poliomielite, além da UBS do Angelim, mais 59 salas de vacinação estarão abertas para a imunização em todas as regiões da capital, sendo 23 na zona Norte da cidade, 19 nas regiões Leste e Sudeste e 17 na zona Sul.
Multivacinação propõe atualizar caderneta
Com o intuito de manter a caderneta de vacina atualizada, vai acontecer a Campanha Nacional de Multivacinação durante a campanha de combate a Poliomielite. Na ocasião, crianças terão as doses vacinais em atraso aplicadas, seguindo a necessidade e a faixa etária.
“Precisamos vacinar, já que a criança de seis meses a cinco anos têm que ser levada por alguém e esse alguém são os pais ou responsáveis. Levar a criança para se vacinar é um ato de cidadania. Não podemos negar isso a elas”, afirma Amariles Borba.
Para quem não toma as doses vacinais adequadamente corre riscos de adquirir doenças, já que se encontra exposto a inúmeros vírus. “A mídia acompanhou a notícia que o craque Neymar está com caxumba e vai ficar sem jogar durante 15 dias. Será se o Neymar cumpriu o calendário de vacina? O Barcelona cochilou, porque tinha que ter visto sua caderneta de vacinação e se ele cumpriu o calendário vacinal”, esclarece.