Campanha no Reino Unido pede prisão do papa Bento XVI

A Igreja Católica vem repudiando alegações de que o papa teria sido cúmplice no acobertamento de abusos

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A Igreja Católica vem repudiando alegações de que o papa teria sido cúmplice no acobertamento de abusos

O biólogo e ativista ateu britânico Richard Dawkins tentará fazer com que o papa Bento XVI seja preso para responder pelo acobertamento dos escândalos de abuso sexual de crianças por padres católicos.

Bento deve visitar o Reino Unido ainda este ano.

Dawkins, um cientista que faz críticas duras às religiões, pediu para advogados especializados em direitos humanos analisarem se seria possível fazer uma acusação formal contra o papa nas cortes britânicas.

A viagem de Bento XVI, prevista para ocorrer de 16 a 19 de setembro, seria a primeira de um papa ao Reino Unido desde a visita pastoral de João Paulo II, em 1982.

A Igreja Católica vem repudiando alegações de que o papa teria sido cúmplice no acobertamento de abusos cometidos por padres, e acusa a mídia de lançar uma "desprezível campanha de difamação" contra ele.

Dawkins e o jornalista britânico Christopher Hitchens contrataram os advogados Geoffrey Robertson e Mark Stephens para buscar meios de abrir um processo legal contra o papa.

Em comunicado, Stephens disse que há três possíveis abordagens: uma queixa à Corte Penal Internacional, na Holanda; uma ação popular por "crimes contra a humanidade" ou uma ação civil.

Eles argumentarão que o papa não tem imunidade diplomática, pois o Vaticano não é um membro com direito a voto nas Nações Unidas.

Dawkins, autor do best-seller Deus, um Delírio, disse ao jornal Sunday Times suspeitar que o abuso de crianças por padres tem sido acobertado.

Hitchens, autor de Deus Não é Grande, afirmou que "este homem não está acima ou fora da lei. O acobertamento institucionalizado de abuso contra crianças é um crime em qualquer lei".

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