Durante o mês de fevereiro, diversas festividades são desenvolvidas para celebrar o Carnaval. Neste ano, em decorrência do Decreto Municipal n°22.091, para conter os casos de Covid-19, as atividades não serão permitidas para não gerar aglomerações. Mesmo assim, a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM), através da Prefeitura de Teresina, lança a campanha “Assédio: isso não é brincadeira”.
O objetivo é combater o assédio sexual contra as mulheres em bares e restaurantes. A ideia é que a medida sirva de alerta e referência em toda Teresina, para além do mês de fevereiro.
“A campanha tem o objetivo de sensibilizar, envolver e mobilizar a sociedade pelo fim da violência contra as mulheres, ainda mais com o assédio tão presente em nossos dias”, destaca a secretária da Mulher, Karla Berger.
“Apesar da suspensão das festas carnavalescas, não podemos deixar de frisar em uma mazela tão presente na nossa sociedade e para as mulheres teresinenses”, destaca Karla.
Programação
Gabriele Rodrigues, do Núcleo de Articulação da SMPM, destaca detalhes da programação. “Entre as atividades irão ocorrer postagens de uma série de vídeos educativos sobre a conscientização do assédio que abordam situações em que as mulheres são submetidas a essa violência. Levaremos publicações informativas nas redes sociais além de lives sobre o tema”, antecipa. A primeira live terá participação da Mestre em Direitos Humanos, Mailô Andrade.
Além disso, a equipe da SMPM irá realizar panfletagens em bares e restaurantes para falar do assédio com os proprietários e frequentadores dos locais em várias regiões da capital como forma de conscientizar a população. A ação será executada de forma descentralizada, devendo acontecer em todas as regiões de Teresina ao longo dos dias 21 e 25 de fevereiro.
“Ainda iremos fazer colagens de materiais, sobretudo nos banheiros femininos, desses estabelecimentos que possam alcançar essas mulheres e que elas possam conhecer os nossos serviços e também a campanha”, finaliza Gabriela Rodrigues.
A técnica também explica que uma cartilha sobre assédio e violências virtuais será lançada onde serão apresentados suas formas, dados nacionais e regulações e serviços.
A secretária Karla comenta que, em situações de assédio ou importunação social, muitas mulheres sofrem assédio no local de trabalho, mas que, por falta de informação, medo ou constrangimento, não denunciam.
“Queremos tocar as mulheres que, muitas vezes, não entendem que aquilo que sofreram é também um crime, que existe punição e que elas precisam denunciar”, reforça Karla Berger.