Com a aprovação no Senado da proposta que adia a eleição municipal deste ano, a deputada federal Margarete Coelho (Progressistas) indicou em transmissão ao vivo na sexta-feira, 26 de junho, que a Câmara sofre uma pressão para manter o pleito em outubro. De acordo com a parlamentar, há uma indecisão na Casa Legislativa, que terá a incumbência de analisar a pauta defendida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê o primeiro turno para 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 do mesmo mês.
“Estamos nesse período eleitoral cheio de decisões, é impressionando o impacto da Covid-19, e as pessoas não estão entendendo esse novo normal, não podemos gerar expectativa com datas porque elas podem ser frustradas, mas o período eleitoral está, e o grande tema é a data das eleições; hoje há uma clara indecisão no Congresso, o Senado já acolheu a ideia do ministro Barroso (Luiz Roberto Barroso, presidente do TSE) para 15 de novembro o primeiro turno e 29 de novembro o segundo turno”, afirmou.
Na videoconferência feita com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), a deputada federal piauiense reverberou a preocupação com o período de campanha, por conta do contato e os atos realizados nos municípios, o que pode ocasionar um aumento nos casos de Covid-19.
“Na Câmara o debate tá diferente, creio que soframos mais a interferência da sociedade, movimentos sociais, e tem sido muito pressionada a não aderir essa alteração de datas e manter o dia 04 de outubro, qual o debate que se estabelece: o ministro Barroso ouviu muitos especialistas; na Câmara o que se diz é que não há a segurança que no dia 15 de novembro essa curva será achatada e já tenhamos certa condição de normalidade, e além de não houver a segurança ainda vamos prorrogar por 45 dias a campanha e pré-campanha, e os candidatos vão naturalmente se manifestar”, afirmou.
Margarete Coelho frisou a dificuldade em controlar os atos de campanha, principalmente no que tange o respeito aos protocolos sanitários definidos, o que pode ocorrer de forma mais eficaz no dia da eleição em si.
“De toda forma os candidatos vão tentar se relacionar com os eleitores, e não adianta pensar que vai ser tudo pela internet. A ideia é que os atos de campanha são mais difíceis de controlar do que o dia da eleição”, complementou.