Cajuína do Piauí recebe certificação de qualidade

Com essa delimitação de características será possível distinguir a cajuína produzida por aqueles que possuem uma regulamentação.

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Com a proposta de agregar valor e destacar os melhores produtos será lançado o Selo de Regulamentação da Cajuína produzida no Piauí. Essa iniciativa foi apresentada em reunião, ocorrida este mês, com produtores de cajuína do Estado e gestores do Projeto Agroindústria do Caju, executado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí. Na ocasião foram mostrados os resultados da pesquisa de sensoriamento geográfico que caracterizou o produto fabricado no Estado.

Com essa delimitação de características será possível distinguir a cajuína produzida por aqueles que possuem uma regulamentação. O projeto de caracterização e de criação do selo será gerenciado pela Cooperativa Pró-Cajuína, com o apoio do Sebrae no Piauí.

O laudo técnico que caracterizou a cajuína foi realizado pela Universidade Federal do Piauí, UFPI, tendo a consultoria de Roberto Castelo Branco, responsável pela pesquisa sensorial geográfica do produto.

Dentre os critérios considerados para a caracterização da cajuína estão: cor amarelada, brilho, homogeneidade, odor e aroma, frutado de caju, caramelização, pútrido, textura, corpo, sabor, gosto, adstringência, acidez, doçura e frio. Através desses aspectos será possível distinguir a cajuína produzida no Piauí. O comparativo para o levantamento desses dados considerou amostras de produtos fabricados com o caju nativo, caju clone e o caju misto.

Conforme explica a gestora do Projeto Agroindústria do Caju do Sebrae no Piauí, Geórgia Pádua, essa iniciativa partiu da necessidade de melhorar o cenário da produção da cajuína no Estado. ?Essa necessidade de agregar valor e destacar os melhores produtos fez com que os produtores desejassem a padronização. Com essa caracterização vai ser possível criar o selo e desta forma apresentar produtos com mais qualidade e com garantias para o consumidor final?, explica a gestora.

Para o consultor Roberto Castelo Branco, a pesquisa feita serviu para validar a cajuína fabricada com as variedades de caju. ?O que foi visto é que o produto final apresenta poucas variações, ou seja, são quase imperceptíveis as diferenças da cajuína feita com o produto nativo, o clone e o misto. Isso faz com que os produtores possam se adequar mais facilmente, já que a pesquisa dá as orientações sobre como é o produto ideal para receber a certificação?, esclareceu o consultor do Sebrae.

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