A Caixa Econômica Federal contratou 182 empregados aprovados em concurso realizado em 2014, dos quais 174 têm alguma deficiência. Os novos funcionários vêm fortalecer o quadro após uma série de demissões e irão ainda contribuir para que o banco cumpra o percentual mínimo de 5% de pessoas com deficiência. Eles foram recebidos em cerimônia nesta segunda-feira (15), que contou com a presença da primeira dama, Michelle Bolsonaro, em Brasília.
"Esse concurso aconteceu em 2014 e, em 2015, em 2016, 2017 e 2018, ninguém foi chamado. Essa é uma demanda importante", diz o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. De acordo com ele, nos últimos cinco anos, o banco perdeu 15 mil funcionários. Muitos deles aderiram a programas de demissão voluntária. A intenção agora é convocar, até o final do ano, no total, 2 mil novos empregados, sendo a maior parte deles pessoas com deficiência.
Lei de Cotas
Em maio deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região condenou a Caixa a cumprir Lei de 1991, conhecida como Lei das Cotas (Lei 8.213/91), que obriga uma empresa do porte da estatal a ter entre seus trabalhadores 5% de pessoas com deficiência.
A condenação também determinou o pagamento de R$ 1 milhão em multa, por danos morais coletivos. A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho, no ano de 2016.
"A Caixa era o único banco que não tinha 5% das pessoas com deficiência. Na verdade, nosso percentual era apenas 1,67%. Era um percentual inaceitável. Estamos caminhando para chegar nos 5%", diz Guimarães. Neste ano, ao todo, foram convocados 800 empregados com deficiência aprovados também no concurso de 2014.
"Essas 2 mil [contratações feitas até o final do ano] serão focadas em pessoas com deficiência. Esse número só não chegará a 2 mil se alguma das localidades não tiver pessoas com deficiência em número suficiente", garante o presidente.
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasília