O condutor teresinense está mais prudente. É o que comprova levantamento realizado junto aos principais departamentos de trânsito do Piauí e no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). De acordo com o balanço, de janeiro a agosto de 2015, o número de acidentes de tráfego na capital piauiense reduziu 18%, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Nos oito primeiros meses de 2014, a Companhia Independente do Trânsito (CIPTran), registrou 2135 acidentes. Já de janeiro a agosto de 2015, a Polícia Militar contabilizou que o número de ocorrências desta natureza caiu para 1756.
No Hospital de Urgência de Teresina, principal porta de entrada de vitimizados no trânsito, o índice de pacientes despencou de 11.229 para 9.838. Para o diretor geral do Departamento de Trânsito do Piauí, Arão Lobão, o resultado do levantamento é animador, já que a frota de veículos de Teresina cresceu de 409.965 para 421.397.
Mais carros e motos passaram a circular na capital e ainda assim o número de acidentes de trânsito reduziu. “A queda do número de acidentes é consequência das fiscalizações e campanhas implementadas pelo Detran. A campanha de conscientização ‘Viva. Não Mate, Nem Morra!’, que fazemos em parceria com o Sistema Meio Norte, é uma das ações res- ponsáveis por conscientizar os condutores acerca das leis do tráfego. A nossa expectativa é que até o final do ano, o número de acidentes reduza ainda mais”, espera o diretor geral do Detran.
Os motociclistas continuam sendo os mais imprudentes no trânsito. Dados do Hospital de Urgência de Teresina apontam que, de 9.838 vítimas de acidentes de tráfego atendidas no HUT, 8.262 conduziam ou eram passageiros de motocicletas. Os dados compreendem os atendimentos feitos de janeiro a setembro de 2015. Chama atenção na estatística que o número de pedestres atropelados no trânsito é maior que o de vítimas de acidente de carro. O HUT registrou 694 pacientes de acidente automobilístico e 882 atropelamento de pedestres.
O neurologista, Daniel França, desenvolve pesquisa com as vítimas de traumatismo craniano no Hospital de Urgência de Teresina. O especialista afirma que constatou no seu estudo que 80% dos acidentados de moto, atendidos no HUT, não utilizavam capacete no momento do acidente. Para Daniel França, as campanhas educativas de trânsito contribuem para a diminuição da imprudência, mas são as fiscalizações que modificam o comportamento dos condutores.
“É comprovado que a fiscalização tem efeito imediato porque as pessoas passam a utilizar os itens de segurança e evitam cometer infrações”, disse Daniel