Mais de 7 mil atendimentos foram realizados este ano no Centro de Atenção ao Diabético (CAD), ambulatório especializado para os portadores de diabetes. Ele funciona de segunda a sexta no Centro Integrado de Saúde Lineu Araújo e conta com uma equipe de multiprofissional de diversas especialidades para acompanhamento de quem sofre da doença.
Até outubro de 2018, foram 7643 atendimentos realizados em áreas de demanda específica para os principais problemas decorrentes do diabetes, como angiologia, cardiologia, endocrinologia, oftalmologia, nutrição e enfermagem, além da retaguarda de outras áreas oferecidas nos ambulatórios regulares do Lineu Araújo, como fisioterapia. “O objetivo é ampliar a qualidade de atendimento ao portador de diabetes e facilitar o acesso ao tratamento, bem como o controle dessa doença, reunindo procedimentos médicos em um só lugar”, conta a enfermeira Espírito Santo.
Além do acompanhamento médico, o CAD conta ainda com o ambulatório do pé diabético, que trata complicações da doença que resultem do surgimento de úlcera (ferida) nos pés, decorrentes de machucados ou infecções. O atendimento ocorre à tarde e é realizado por um angiologista e uma enfermeira, que fazem avaliação e acompanhamento. Em 2018, foram realizados 1696 atendimentos a pessoas com pé diabético.
Maria Raimunda Pereira veio ao Lineu Araújo medir sua glicemia e se consulta na enfermagem. A mulher de 62 anos conta que já enfrenta o diabetes há 10 anos, e frequentemente é atendida no local, onde é atendida por profissionais como endocrinologista e cardiologista. “Gosto do atendimento, estou sempre por aqui”, informa a paciente. José do Carmo Leal também frequenta o CAD com regularidade e neste dia veio apresentar exames ao médico. Ele elogiou a equipe e o atendimento.
De acordo com a enfermeira Espírito Santo, o acesso ao serviço é via Unidade Básica de Saúde, que encaminha os portadores de diabetes que são insulinodependentes ou que estejam com as taxas descompensadas, apresentando glicemia acima de 300mg/dl – os casos mais simples, por sua vez, são acompanhados pela Estratégia Saúde da Família.
No entanto, devido à gravidade do problema, o acesso ao programa do pé diabético é de entrada direta do paciente, ou seja, não é necessário ser encaminhado por uma UBS. “Se o paciente sentir necessidade, estiver com alguma complicação (ferimento, frieira, rachadura ou varizes), basta procurar o Lineu Araújo no horário de funcionamento, que será atendido para que sejam feitos curativos, cuidados na circulação, indicação de medicamentos e acompanhamento do paciente”, explica Espírito Santo.
O diabetes não tem cura, mas o tratamento correto evita possíveis complicações. “O acompanhamento adequado mantém o paciente estável e previne o surgimento de complicações, como insuficiência renal, disfunção nervosa, cegueira, pé diabético, entre outras”, finaliza a enfermeira.