SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
A morte do ator e produtor sino-americano Bruce Lee, famoso pelas artes marciais que desempenhava nas produções hollywoodianas e morto em julho de 1973, é cercada de mistérios e até hoje gera curiosidade sobre o que de fato pode ter ocorrido –uma lenda urbana que perdura é a de que ele poderia ter sido assassinado pela máfia chinesa.
A causa oficial da morte é edema cerebral, acúmulo excessivo de líquido na região do cérebro. Mas um novo estudo publicado na revista científica Clinical Kidney Journal sugere que o hábito do ator de beber água demais pode ter sobrecarregado os rins dele.
"Levantamos a hipótese de que Bruce Lee morreu de uma forma específica de disfunção renal: a incapacidade de excretar água suficiente. Isso pode levar a hiponatremia [redução da contração de sódio por excesso de água], edema cerebral e morte em poucas horas se o excesso de ingestão de água não for compensado pela excreção de água na urina", diz a publicação.
No dia de sua morte, Lee se queixou de dores de cabeça, bebeu um analgésico e foi dormir. Mas não acordou mais. Os cientistas descrevem que o ator possuía diversos fatores de risco para a hiponatremia, como a frequente ingestão de água, uso de drogas como maconha, que causa sede e estimula o consumo de mais líquidos, e o consumo em excesso de álcool. O estudo afirma de Lee "bebia de dez a vinte garrafas de saquê por noite".
O produtor era dono da famosa frase "seja água, meu amigo". "Ironicamente, o excesso de água pode tê-lo matado", dizem os pesquisadores.