Em Nordlingen, uma pequena cidade na Alemanha, arqueólogos descobriram uma espada incrivelmente rara da Idade do Bronze em um antigo cemitério. A arma, que os pesquisadores acreditam ter aproximadamente três mil anos, está em um estado de conservação quase perfeito, mantendo os detalhes da sua estrutura e até mesmo o brilho da lâmina.
Os especialistas ficaram surpresos com as condições impressionantes da espada, e até o momento não conseguiram determinar a origem exata da peça. A relíquia foi descoberta na semana passada em um túmulo contendo os restos mortais de três indivíduos: um homem, uma mulher e um adolescente.
“A espada e o enterro ainda precisam ser examinados para que nossos arqueólogos classifiquem ainda mais esta descoberta”, relatou o chefe do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baviera, Mathias Pfeil. “Mas já se pode dizer agora que a preservação é excepcional! Um achado como este é realmente raro”, complementou.
Mesmo após estar enterrada por 3 mil anos, os detalhes do padrão em zigue-zague no punho da espada ainda permanecem nítidos, com tachas e rebites ressaltando sua aparência. Apesar de apresentar riqueza em detalhes, os especialistas acreditam que se trata de uma arma genuína, projetada para efetuar cortes precisos.
De acordo com os arqueólogos, as espadas encontradas na cidade de Nordlingen eram frequentemente associadas à cultura conhecida como Campos de Urnas. Essa cultura, que existiu durante a Idade do Bronze na Europa Central, entre os anos 1300 a.C. e 750 a.C., recebe esse nome devido ao costume de realizar a cremação dos mortos e colocar suas cinzas em urnas, que eram posteriormente enterradas nos campos.
A recente descoberta da espada alemã ocorreu alguns meses após a aparição de um sapato infantil, com cerca de 3 mil anos de idade, no leito de um rio no norte de Kent, Reino Unido. Esse raro sapato de couro, medindo 15 cm, datado da Idade do Bronze, é considerado o mais antigo já encontrado no país.