Um grupo de 111 brasileiros deportados dos EUA desembarcou na tarde desta sexta-feira (7) no Aeroporto de Fortaleza em condições preocupantes. Segundo relatos das autoridades locais, os passageiros viajaram algemados e alguns passaram até 12 horas sem alimentação. A secretária da Diversidade do Ceará, Mitchelle Benevides Meira, destacou que todos foram acolhidos, alimentados e receberam atendimento hospitalar após o desembarque.
O que aconteceu
A secretária de Direitos Humanos do estado, Socorro França, afirmou que os deportados estavam com algemas nas mãos e nos pés, retiradas apenas após o pouso da aeronave. Entre os passageiros, havia homens e mulheres adultos, além de adolescentes e crianças. O governo do Ceará prestou assistência no contato com as famílias e no encaminhamento dos deportados para seus destinos finais.
Para Minas
De acordo com Mitchelle, grande parte dos passageiros seguiu viagem para Confins, em Minas Gerais. Ela ressaltou que houve um esforço para garantir que cada um fosse direcionado ao local mais adequado, com apoio do governo estadual. "Eles estão saindo daqui sabendo que estão sendo repatriados e com o governo totalmente disposto a recebê-los da melhor forma", afirmou.
Mais perto
A opção por Fortaleza como ponto de chegada foi tomada para reduzir o tempo em que os deportados permanecem algemados durante o voo. A prática, considerada padrão pelo governo norte-americano, tem sido alvo de questionamentos por organizações de direitos humanos e autoridades brasileiras.