Brasileiro compra mais carro e produção fechou no maior nível em 24 anos com crescimento de 24,4%

Com esse desempenho no setor automotivo, a atividade industrial brasileira teve um avanço de 10,5%

Brasileiro compra mais carro | Divulgação
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Com crédito fácil e aumento da renda, o desejo do carro zero levou os brasileiros às concessionárias no ano passado; o resultado disso foi que a produção de veículos se destacou na atividade industrial. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção de veículos automotores cresceu 24,4% entre janeiro e dezembro.

O dado é reforçado pelos números que a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou no início de janeiro: exatos 3.638.390 veículos deixaram as fábricas no país em 2010 (14,3% a mais que um ano antes), recorde absoluto para o setor automotivo; desses, 3,4 milhões foram automóveis e comerciais leves ? um aumento de 12,4% em relação a 2009.

Com esse desempenho no setor automotivo, a atividade industrial brasileira teve um avanço de 10,5% em 2010 como um todo, maior expansão desde 1986.

Apesar do bom resultado, a indústria foi perdendo fôlego ao longo do ano ? principalmente a partir do segundo semestre, de acordo com o gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. Ele afirmou que alguns fatores colaboram para desacelerar o compasso da indústria no ano passado.

- A retirada dos incentivos, a maior concorrência dos produtos importados [em função do baixo valor do câmbio, que colabora para que os produtos estrangeiros fiquem mais baratos], a diminuição de estoques em certos setores, e se observado, desde abril, a elevação da taxa de juros, fatores que conjuntos ajudam na diminuição do ritmo industrial brasileiro.

Macedo aponta ainda o expressivo resultado dos bens de capital (especialmente aqueles associados aos setores de transportes, construção, agrícolas e para fins industriais) na comparação com o ano de 2009. O acumulado dos 12 meses de 2010 aponta crescimento de 20,8% no segmento.

- Os bens de capital, que apesar de terem crescido cerca de 4% ao longo dos três primeiros trimestres, teve queda de 10,9% no quarto trimestre, tiveram visível aumento da expectativa do agentes econômicos aliada a uma recuperação dos investimentos, o que no geral, pressionou a média do setor para cima.

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