Brasileira conta experiência com gripe suína no Reino Unido

Ela não tomou o remédio para evitar os efeitos colaterais da droga

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Moradora de Londres, no Reino Unido, a secretária executiva brasileira Ana Emília Jenkins contraiu a gripe A (H1N1) em pleno verão do hemisfério norte. Ela não sabe ao certo como isso aconteceu, mas acredita que possa ter contraído o vírus no metrô londrino ou no retorno de uma viagem para a Itália. Curada, aceitou descrever sua experiência para o Terra.

Mesmo com Tamiflu disponibilizado pelo governo, ela tomou uma atitude temerária: não tomou o remédio para evitar os efeitos colaterais da droga e fortalecer as defesas do organismo contra a gripe. Ana Emília afirma ter seguido orientação de sua médica, que também teve a gripe. Contudo, o médico da Associação Brasileira de Infectologia, Mauro Salles, desaconselhou a atitude. Confira os principais trechos do relato.

"A linha inglesa de gripe pandêmica disponibiliza Tamiflu para todo mundo que ligue relatando os sintomas e me deram o código para alguém saudável receber por mim. Porém minha médica, que teve a gripe logo no começo, disse que eu poderia tomar, se quisesse, mas não precisava, pois ela mesma não tomou para evitar os efeitos colaterais fortíssimos, como náusea. O antiviral só diminui, em média, um dia do total da indisposição, então preferi resolver a gripe sozinha."

"Os dois principais pontos que diferem essa das outras gripes é o tempo que ela leva para passar e a quantidade de energia que suga. Durante os primeiros 3 dias, só saía da cama para ir ao banheiro. Só fui tomar banho novamente após umas 48 horas de gripe, tinha muito frio! Fazia sol e eu tremendo que nem uma vara verde. Na primeira noite de febre, que foi a mais forte, eu dei uma alucinada e fiquei pedindo minha mãe."

"Depois que a febre passou, após 3 dias que pareceram 3 meses, a coisa ficou mais fácil, mas ainda assim havia os outros sintomas: tosse alucinante, dores musculares, falta de apetite e, claro, enorme cansaço por nada. Uma semana, no máximo 10 dias, é o suficiente para ficar sem trabalhar, mas só após duas semanas dos primeiros sintomas posso dizer que estou livre."

"O engraçaado é como todo mundo fica interessado em ouvir as histórias, especialmente no trabalho. Fui a primeira do meu setor, mas desde que retornei ao escritorio uns quatro já ficaram infectados. A médica afirma que não posso mais contagiar ninguém, mas ainda assim prefiro tossir cobrindo com lenço e desinfetando as mãos em seguida."

"Estou aliviada por ter enfrentado a gripe no verão, pois acho que demoraria mais para me recuperar no inverno. Mas o que importa é que estou bem, curada, e essa gripe agora não me pega mais."

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