Brasileira chega da Itália e vê descaso em aeroporto: “Zero controle”

“Nenhum controle. Nenhuma orientação sobre quarentena”, diz ela.

| Reprodução
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A jornalista Priscila Keller, de 36 anos, planejou por meses sua viagem à Europa para visitar a avó, de 80 anos, na França, e depois estudar na Itália, até agosto deste ano, enquanto tentaria sua segunda cidadania no país. Com a pandemia de coronavírus, viu-se presa em uma casa alugada e comendo uma vez por dia para economizar. As informações são do UOL.

Sem concretizar o plano de estudar, Priscila conseguiu uma passagem para o Rio de Janeiro nesta sexta (20). Ao chegar no aeroporto Internacional Tom Jobim na manhã do último sábado (21), ficou espantada com o despreparo dos funcionários no local. "Nenhum controle. Nenhuma orientação sobre quarentena", diz ela.

Priscila conta que ela mesma teve que orientar um funcionário do free shop a não encostar nela, que pode estar infectada, mesmo que assintomática. Até o momento, a Itália é o país que registra o maior número de mortes por causa do novo coronavírus, número já passam de 5,5 mil. "Nem verificaram nossa febre, algo que não custa dinheiro, basta um termômetro. Muito desesperador e triste." 

Crédito: Arquivo Pessoal

A jornalista contou como foi sobreviver nesses dias de coronavírus por lá — e como foi chegar ao Brasil e ter essa experiência ruim no aeroporto. "Voltei no sábado (21) da Itália num voo de repatriados. Não havia nenhum controle. Nenhuma orientação. Nem aferir febre, que não custa dinheiro. Basta um termômetro. Coisa que a Itália já fazia antes do surto. Por que somos assim? Sem ordem, sem disciplina e sem se importar com o próximo?. No free shop, os vendedores chegaram perto da gente sem respeitar o limite de 1 metro. Zero orientação de quarentena. A caixa estava sem luva. Eu aconselhei a não tocar na minha mão para pegar o chocolate que comprei. Pessoas conversando lado a lado a um palmo do rosto de outras... O que será de nós?. Tudo muito desesperador e triste. Sair de um local de onde vim, com total consciência social do cidadão, e vir pra cá sem nenhuma consciência — ou talvez estejam mal instruídos. 

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