Brasil precisa gastar R$ 183 bilhões para reformar estradas

Do total, quase 80% serão destinados à recuperação e duplicação da malha rodoviária

País terá que gastar muito com reformas | R7
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O Brasil precisa gastar ao menos R$ 183,5 bilhões para melhorar as estradas do país, o que inclui investimentos em duplicação e recuperação, além da construção e pavimentação de novas rodovias, segundo levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado nesta segunda-feira (24).

De acordo com a pesquisa, desse total R$ 144,18 bilhões - quase 80% das necessidades do país - seriam destinados a recuperar, adequar ou duplicar a atual malha rodoviária. Outros R$ 38,5 bilhões seriam voltados à construção e pavimentação de estradas.

O estudo cita dados da Fundação Dom Cabral e do WEF (Fórum Econômico Mundial, na sigla em inglês), que mostram que o Brasil tem a terceira malha rodoviária mais extensa do mundo, mas apenas 12% dessas vias são pavimentadas. Hoje 61% das cargas transportadas no país viajam por rodovias.

- Desde a década de 1950 a matriz de transporte brasileira tem se mantido desequilibrada, com larga vantagem para o transporte rodoviário, cujos custos muitas vezes superam aqueles apresentados por outros modos de transporte.

Como explicação para a persistência desse modo de transporte de carga no país, o Ipea aponta vantagens como: custos relativamente menores de construção das vias; foco de curto prazo dos planejamentos de transporte; flexibilidade de rotas; movimentação de pequenos volumes; menor custo de operação; e menores custos de embalagem.

Mesmo assim, as rodovias brasileiras não têm a qualidade desejada - dados da Pesquisa Rodoviária 2009 da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), realizada em 89.552 quilômetros da malha rodoviária pavimentada do país, mostram que, dos 75.337 quilômetros sob gestão pública, 37,7% são classificados entre ótimo e bom; 45,8% regular; e 26,4% entre ruim e péssimo.

A má qualidade das rodovias brasileiras ainda eleva os custos operacionais do transporte - que ficam entre 19,3% e 40,6% mais altos do que seriam em condições ideais.

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