Brasil perde controle sobre epidemia de Aids, denuncia manifesto

De acordo com o grupo, o tratamento passou de 53,8% de gestantes soropositivas em 2005 para 49,7% em 2008

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Professores, pesquisadores, médicos e integrantes do movimento social divulgaram no fim dessa terça-feira um manifesto afirmando que, enquanto outros países discutem a interrupção da transmissão da Aids, o Brasil perde o controle sobre a epidemia. O documento, lançado com 54 assinaturas, avalia que o programa está desatualizado, com elementos insuficientes para enfrentar os desafios, o que começa a trazer reflexos para estatísticas da doença. "A afirmação de que a epidemia de aids está sob controle no Brasil, além de falaciosa, tem prejudicado a resposta nacional", aponta o documento.

Os integrantes da carta lembram que, a cada hora, uma pessoa morre de Aids no país e apontam a redução da oferta de tratamento para gestantes com Aids, indispensável para evitar a transmissão para o bebê. De acordo com o grupo, o tratamento passou de 53,8% de gestantes soropositivas em 2005 para 49,7% em 2008.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse ter recebido o documento com respeito, mas não concorda com os números. "Parte deles está desatualizada, outra parte tem de ser avaliada num contexto", diz. Como exemplo, ele cita o aumento no número de mortes: "É preciso lembrar que a população aumentou no período".

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