Brasil investe pouco em medicamentos fitoterápicos

O Brasil apesar da ampla tradição no uso de plantas tem investido muito pouco nessa área

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% da população dos países em desenvolvimento faz uso de práticas tradicionais nos cuidados básicos à saúde. Deste universo, 85% usam plantas ou preparados. O Brasil, apesar da ampla tradição no uso de plantas com finalidade terapêutica, tem investido muito pouco nessa área. Resultado disso é que apenas 10 das 60 plantas registradas pela Anvisa são nativas.

Durante o 28º Ciosp ? Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, Kristiane Porta Santos Fernandes, pós-doutoranda em Imunologia pela Faculdade de Medicina da USP, ministrou (3/2) o curso ?Tratamentos alternativos em Odontologia: Fitoterápicos?, em que explicou algumas pesquisas em desenvolvimento nessa área voltadas para a prática odontológica.

De acordo com a doutora, as principais vantagens desses medicamentos são o menor tempo de seu desenvolvimento e o baixo custo que eles demandam. ?Enquanto um medicamento tradicional demanda em média 15 anos para ser colocado no mercado, um fitoterápico leva de 5 a 9 anos?, explica.

Um dos avanços nessa área foi o lançamento do Ad-Muc, uma pomada para aftas feita a base de camomila. Em comparação às tradicionais pomadas de corticóide, esse medicamento promove uma cicatrização muito mais rápida da ferida na mucosa oral.

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