Nesta quarta-feira (19), o embaixador do Brasil em Lisboa pediu esclarecimentos ao governo de Portugal após um menino brasileiro perder dois dedos da mão esquerda (é destro) em uma agressão cometida por outras crianças em uma escola pública de Cinfães.
O caso de agressão aconteceu no último dia 10 de novembro e gerou comoção nas redes sociais após a mãe da criança publicar o relato da violência.
Uma nota emitida pela embaixada caracterizou o episódio como lamentável. Além disso, foi informado que a embaixada e o consulado do Porto entraram em contato com a família.
“O embaixador do Brasil dirigiu hoje comunicações à ministra da Administração Interna e ao ministro da Educação, Ciência e Inovação solicitando informações sobre as providências que estão sendo tomadas em relação ao caso, bem como dos seus desdobramentos”, pontuou.
ANIVERSÁRIO EM CASA
O garoto completa aniversário nesta quarta-feira (19) e faz dez anos. O curativo também deve ser retirado e a data será comemorada sem grandes comoções.
“Sim, iremos fazer uma coisa pequena e familiar, um café da manhã apenas para nós e meus sogros. Ele nunca foi uma criança exigente. Ele não liga para coisas materiais, só quer apagar uma vela mesmo. Não pediu nada em especial. Mas sabe que irá ganhar presentes”, afirmou a mãe do garoto, Nívia Maria Batista Macedo, em entrevista ao Portugal Giro.
RELEMBRE O CASO
José foi vítima de violência por dois outros colegas na escola em que estuda em Portugal. O garoto teve seus dedos presos em uma porta. Em resposta, o agrupamento de escolas disse que abriu inquérito interno.
A criança teve que passar por um procedimento cirúrgico e teve parte de um dos dedos implantada. Agora, José se recupera em casa, mas os dedos mutilados terão proporções diferentes.
A família de José abandonou a casa em Cinfães, uma pequena vila de Viseu, e foram para Aveiro, onde têm família. O padrasto de José, João Vitor da Silva, pegou o primeiro voo de Barcelona, onde trabalha como soldador, para encontrar a família.