Brasil confirma cinco casos de sarampo em 2010

Três ocorrências foram no Pará e outras duas no Rio Grande do Sul

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Após quatro anos sem qualquer registro de sarampo no Brasil, cinco casos da doença foram confirmados em agosto no país. Todos eles, no entanto, são importados ? os pacientes se infectaram após viajarem para o exterior.

Nesta semana, o governo do Rio Grande do Sul confirmou a doença em duas crianças, de 11 e 12 anos, de uma mesma família. Elas viajaram para Buenos Aires entre os dias 22 e 28 de julho e voltaram infectadas com o vírus. Nesse período, foram confirmados na capital da Argentina três casos de sarampo em pessoas que viajaram recentemente à África do Sul, segundo o Ministério da Saúde do país vizinho.

Já os outros três casos no país foram confirmados em Belém, no Pará, no início de agosto. Nenhum dos pacientes brasileiros tinha se vacinado contra o sarampo.

O Brasil interrompeu em 2000 a circulação do vírus autóctone da doença (contraído dentro do próprio país). Desde então, outras ocorrências foram confirmadas, mas todas elas importadas. O último evento foi em 2006, quando 57 casos foram notificados na Bahia.

O sarampo é causado por um vírus que se propaga no ar. É uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida de pessoa para pessoa por meio das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou mesmo respirar. No início, o paciente apresenta febre, tosse, catarro, conjuntivite e fotofobia (intolerância à luz). Depois esses sintomas são acentuados, com indisposição do paciente e aparecimento de manchas avermelhadas na pele. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção e a dose está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 12 meses de idade.

Governo investiga mais casos no RS

Após o registro dos dois casos no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde investiga a possibilidade de novas infecções no Estado, sobretudo na capital, Porto Alegre. De acordo com a pasta, os exames realizados nas crianças, apesar de ter resultado positivo, são considerados preliminares, e as amostras colhidas foram enviadas para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro. O resultado final está previsto para a próxima semana.

Uma das crianças foi internada e liberada. A outra continua hospitalizada na UTI, mas sem uso de respirador. O quadro é de boa evolução, de acordo com informações da Vigilância em Saúde do Estado.

Além de buscar novos casos suspeitos, as autoridades locais de saúde vão intensificar a vacinação na faixa etária de 1 a 39 anos. O centro de vigilância alerta para que quem tiver viajado ao exterior ou ao Pará, ou apresente os sintomas da doença, procure imediatamente os serviços de saúde.

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