Brasil condena uso de arma química, mas busca na Síria o aval da ONU

Brasil condena arma química, mas quer aval da ONU na Síria

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O Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou neste sábado que deverá se pronunciar nas próximas horas quanto ao anúncio do presidente americano, Barack Obama, de que quer realizar uma operação militar na Síria.

Questionada, a pasta destacou, no entanto, que, embora o governo brasileiro condene o uso de armas químicas (seja por parte do regime sírio ou de seus opositores), uma ação unilateral sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU viola a carta da organização.

No pronunciamento feito hoje, Obama disse que o Conselho de Segurança está "completamente paralisado" quanto à questão. No órgão, Rússia e China, que são aliados do ditador sírio, Bashar al-Assad, têm poder de veto e têm sustentado que não aprovarão nenhuma intervenção.

Por outro lado, Obama anunciou que, antes de determinar o ataque, espera obter autorização do Congresso americano, que retornará do atual recesso no próximo dia 9.

Os EUA querem atacar a Síria em retaliação ao ataque químico que afirmam ter ocorrido no subúrbio de Damasco no último dia 21.

Os EUA consideram que as provas obtidas por seus serviços de inteligência são suficientes para justificar uma ação militar destinada apenas a coibir o uso de armas químicas. Conforme o governo americano, o regime sírio realizou um ataque com armas químicas no último dia 21 no subúrbio de Damasco que matou 1.429 pessoas, sendo 426 crianças. O regime nega.

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