A produção de bicicletas deverá atingir 850.000 unidades em 2021, volume 27,8% superior às 665.186 unidades fabricadas no ano passado. Os números fazem parte da nova projeção da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo. A previsão inicial, apresentada no início deste ano, estimava a fabricação de 750.000 bicicletas.
O vice-presidente do segmento de bicicletas, Cyro Gazola, afirma que a indústria segue recuperando o ritmo da produção, após o forte impacto da pandemia no primeiro bimestre de 2021, com a segunda onda da Covid-19 em Manaus, o que levou a associação rever sua expectativa para este ano. “A demanda continua bastante aquecida e todas as associadas se esforçam para atender aos consumidores que aguardam por uma bicicleta, apesar da falta de insumos”, diz
Em julho, as fabricantes instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) registraram o melhor resultado do ano pelo terceiro mês consecutivo. Foram fabricadas 74.760 unidades, alta de 12% na comparação com junho (66.774 bicicletas) e de 22% na comparação com o mesmo mês do ano passado (61.283 unidades). “Os volumes comprovam a recuperação do setor, que poderia ser ainda melhor caso não enfrentássemos os problemas com o abastecimento de insumos. A falta de peças e componentes continuará a comprometer a produção até 2022. É uma crise global que tem afetado todas as fabricantes do mundo”, explica Gazola.
No acumulado do ano, as fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) produziram 430.477 bicicletas, alta de 38,5% na comparação com o mesmo período de 2020 (310.777 unidades).
Produção por categoria
A categoria mais produzida em julho foi a Moutain Bike (MTB) com 43.642 unidades 58,4% do volume total. Em segundo lugar, ficou a Urbana/Lazer (22.449 bicicletas e 30% do total fabricado), seguida pela Infanto-Juvenil (6.526 unidades e 8,7%).
As posições foram mantidas no ranking do acumulado do ano: MTB (258.019 unidades e 59,9% do volume fabricado), Urbana/Lazer (126.205 unidades e 29,3%) e Infanto-Juvenil (32.537 unidades e 7,6%).
Exportações
Em julho, foram exportadas 1.097 bicicletas, o que corresponde a uma queda de 50,1% na comparação com as 2.197 unidades registradas no mês anterior. Na comparação com julho de 2020, houve queda de 50,7% (2.227 unidades).
De acordo com dados do portal Comex Stat, que faz um levantamento dos embarques totais de cada mês e que foram analisados pela Abraciclo, os principais mercados foram o Paraguai e Uruguai. Os paraguaios receberam 930 bicicletas, 84,8% do total exportado. Para os uruguaios foram embarcadas 161 unidades, o que corresponde a 14,7% das exportações.
No acumulado do ano, foram exportadas 9.352 bicicletas, alta de 53% na comparação com o mesmo período de 2020 (6.114 unidades). Os três principais mercados foram o Paraguai (5.544 bicicletas e 59,3% das exportações), Uruguai (3.315 unidades e 35,4%) e Bolívia (440 unidades e 4,7%).