Conhecidos e comercializados nas grandes metr?poles do Brasil e at? nos Estados Unidos, Fran?a, It?lia, Alemanha e Inglaterra, os Bordados da Caatinga, produzidos por 700 mulheres da cidade de Dom Inoc?ncio, est?o expostos, pela primeira vez, em Teresina. "Passamos uma semana no Centro Pastoral Paulo VI e agora estamos no Teresina Shopping; daqui vamos para o Pal?cio de Karnak, durante as comemora?es do Dia do Piau?", informa a coordenadora da Funda??o Ruralista, Maria da Concei??o Leal.
Segundo ela, as bordadeiras trouxeram cinco mil pe?as para Teresina. Desse total j? foi comercializada a metade da produ??o. "Paralelamente a exposi??o na capital piauiense, enviamos cinco mil pe?as para uma mostra no Centro Comercial Gilberto Salom?o, em Bras?lia", diz.
No calend?rio da Funda??o Ruralista, est? programada exposi??o no Rio de Janeiro, no per?odo de 24 a 27 deste m?s, em evento promovido pelo Minist?rio do Turismo.
Fundada h? 44 anos pelo padre Manoel Lira Parente, a Funda??o Ruralista surgiu com a proposta de promover atividades educacionais e produtivas, com a finalidade de ensinar a popula??o a conviver melhor com a seca.
Em 2001, foi implantado na funda??o o projeto Bordados da Caatinga, que hoje beneficia 700 mulheres, que, por seu trabalho primoroso, recebeu pr?mio na categoria qualidade, oferecido pela Organiza??o das Na?es Unidas para a Educa??o, a Ci?ncia e a Cultura (Unesco), durante evento realizado na Fran?a.
Atualmente, a entidade disp?e de 12 centros de produ??o, sendo dez localizados na zona rural, um na Funda??o Ruralista e outro na sede do munic?pio. Cada centro possui uma monitora que orienta e d? assist?ncia aos trabalhos, recolhe os produtos confeccionados e efetua o pagamento da m?o-de-obra das artistas do sert?o. "As bordadeiras recebem mat?ria-prima e aviamento para trabalhar, como linhas, tesouras, agulhas e todo material necess?rio para produ??o", explica Concei??o Leal.
As mulheres envolvidas no projeto recebem meio sal?rio m?nimo. Como mulheres da zona rural, elas desenvolvem suas tarefas dom?sticas no campo e fazem bordados nos per?odos de folga.
Em Dom Inoc?ncio, os bordados geram renda. "As mulheres gostam de bordar e ficam satisfeitas quando recebem o pagamento. Como a atividade j? se tornou marca registrada na regi?o, que ? a mais seca do Nordeste, ela vem sendo transmitida de m?e para filha", explica a coordenadora.
Atualmente, al?m das 700 mulheres atendidas, h? mais 300 bordadeiras que foram preparadas, fizeram o curso e ainda n?o foram inclu?das pela funda??o por falta de recursos e mat?ria-prima para envolver as novas profissionais.