Bombeiros encerram buscas por vítimas de explosão no Rio

Policiais vão fazer uma perícia no local na tarde desta quinta-feira (13)

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O Corpo de Bombeiros encerrou, na tarde desta quinta-feira (13), as buscas por vítimas na lanchonete do Centro do Rio, onde houve uma explosão que deixou três mortos e 17 feridos.

Os bombeiros descartaram a possibilidade de encontrar outros feridos no interior do prédio. Cães farejadores ajudaram nos trabalhos.

Policiais aguardam o escoramento da estrutura do prédio para começar a perícia no local.

Lanchonete não tinha autorização para usar gás, dizem bombeiros

O comandante do Corpo de Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, afirmou que a lanchonete não tinha autorização para utilizar gás combustível e não tinha todos os papéis necessários para seu funcionamento.

Segundo ele, nenhum estabelecimento no prédio tinha autorização para usar cilindros de gás. "O laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros, datado de agosto de 2010, não autorizava o uso de cilindros no prédio, era proibido", afirmou Simões, acrescentando que até o início da tarde desta quinta-feira (13) foram encontrados três botijões de gás no local e bombeiros buscam mais quatro cilindros no prédio.

Uma câmera de monitoramento da Prefeitura do Rio registrou o momento da explosão ocorrida na lanchonete.

Em vistoria nesta manhã ao prédio, o comandante dos Bombeiros lembrou que na quarta-feira foi feriado e, com a ausência de atividade na lanchonete, o gás pode ter se acumulado. "Hoje pela manhã, na abertura das lojas, esse gás encontrou fonte de ignição e a velocidade de queima é muito grande", avaliou o comandante.

O comandante dos bombeiros acredita que o prédio deva ficar interditado por pelo menos mais dois dias, já que todo o primeiro andar e o subsolo foram comprometidos de maneira extensa. "As vigas que sustentam os pilares foram quase totalmente comprometidas. Agora é um trabalho de engenharia. Primeiramente, eliminando todas as partes instáveis que ainda causam riscos aos bombeiros", avaliou Simões.

A destruição causada pela explosão impressionou os envolvidos no resgate. ?É um cenário de guerra. Parece que a gente está no Iraque. É uma coisa espantosa, inacreditável. Pessoas foram arremessadas?, disse o cabo Dielson da Silva Evangelista.

O local

A lanchonete Filé Carioca, que ficou totalmente destruída pela explosão, funcionava em um prédio de onze andares. Com o impacto da explosão, oito andares foram atingidos. O local fica na Praça Tiradentes, na Rua da Carioca, a 30 metros de um posto da Polícia Militar.

Uma funcionária da lanchonete contou que ela e mais três funcionários sentiram um forte cheiro de gás ao chegar à lanchonete pela manhã. O chef de cozinha teria dito, então, para eles saírem do local.

Sem gás canalizado

A Companhia Distribuidora de Gás do Rio (CEG) disse, por meio de nota, que "desde 1961 não fornece gás canalizado para o prédio em que houve a explosão". A Companhia informou ainda que "foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42 e que desde as 8h está no local, por medida de prevenção e segurança, e para prestar toda colaboração na identificação das causas do acidente".

Procurada, a assessoria da Light informou que o fornecimento de energia é normal e que não tem qualquer responsabilidade no incidente.

Interdições

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que foram interditadas as ruas Visconde de Rio Branco (na altura da Praça Tiradentes), da Carioca, da Assembleia, Avenida República do Paraguai (em frente à Rua Evaristo da Veiga, em direção à Rua da Carioca) e uma faixa da Rua do Lavradio (na altura da Avenida República do Chile).

Equipes da Prefeitura, como agentes da CET-Rio, Guarda Municipal e Comlurb, além de Bombeiros e Policiais Militares estavam no local, que permanecia isolado.

Como alternativa, os motoristas que circulam pelo Centro podem utilizar as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso, República do Chile, além das ruas do Lavradio, do Senado, Vinte de Abril e Avenida Mem de Sá.

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