Bolsonaro retira sonda e “tem ótima evolução”, diz boletim médico

Presidente passou por cirurgia na sexta-feira para retirada de cálculo de mais de 5 anos. Neste sábado, sonda vesical foi retirada, para que ele urine normalmente.

Bolsonaro | reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue com "ótima evolução clínica e sem complicações cirúrgicas" neste sábado (27), informa boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na sexta-feira (25) o político passou por uma cirurgia para retirada de cálculo na bexiga. Além disso, nesta manhã foi retirada a sonda para que ele urine normalmente.

Bolsonaro segue com "ótima evolução clínica"

"O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro segue com ótima evolução clínica e sem complicações cirúrgicas. Não apresenta sangramentos e está afebril. Foi retirada a sonda vesical para que ele urine espontaneamente. O paciente está recebendo hidratação oral e caminhando fora do quarto", diz o boletim assinado pelos médicos Leandro Santini Echenique, cardiologista, Leonardo Lima Borges, urologista, e Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro postou uma foto do marido nas suas redes sociais nesta manhã. O presidente aparece sorrindo e fazendo um sinal de positivo com a mão (veja acima). Ele usa uma camisa do time de futebol cearense Ferroviário Atlético Clube (FAC), de Fortaleza.

Logo após a operação, ainda na sexta, Bolsonaro já caminhava pelo quarto do hospital, segundo boletim médico divulgado anteriormente. O presidente apresentava "ótima evolução clínica", de acordo com o documento.

"Segue sem intercorrências, afebril e em uso de sonda vesical, sem sangramentos. Iniciou dieta oral e caminhou no quarto', dizia o boletim do Einstein.

A cirurgia em Bolsonaro durou cerca de 1 hora de 30 minutos, e o cálculo foi totalmente removido, segundo o hospital.

Pacientes que são submetidos a esse tipo de procedimento costumam ficar internados por até 48 horas. Os médicos avaliam agora se o presidente pode ou não receber alta ainda neste sábado ou no domingo (27).

Segundo o primeiro boletim médico divulgado pelo hospital após o término da cirurgia, na manhã de sexta, Bolsonaro "foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga". "O procedimento foi realizado sem intercorrências", diz o boletim.

Considerada de baixo risco, a cirurgia precisou de anestesia geral e foi realizada pelo médico urologista Leonardo Borges. Um cardiologista acompanhou o procedimento. Bolsonaro estava em São Paulo desde o início da noite de quinta-feira (24) para passar pela cirurgia.

Pedra 'maior que um grão de feijão'

Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo havia mais de cinco anos. Segundo o presidente, a pedra estava na bexiga e é maior do que um grão de feijão. A estimativa é que tivesse entre 2,5 e 3 cm. Mas ela tinha cerca de 4 cm quando foi retirada.

Médicos urologistas explicam que a pedra na bexiga costuma vir do rim, mas também pode se formar na própria bexiga e pode provocar dores para urinar e, em alguns casos, sangramento.

O urologista George Tormim Borges Júnior diz que é possível o paciente conviver com a pedra na bexiga por muito tempo, mas chega um momento em que ela aumenta de tamanho e passa a incomodar muito.

“Com o passar do tempo, ela, dentro da bexiga, se infecta e vai aumentando o tamanho progressivamente. A gente vê casos que a pessoa passa vários anos com aquele cálculo incomodando pouco. Depois de algum tempo, passa a incomodar mais porque, na hora da micção, ele obstrui a urina sair”, explica.

Seis cirurgias em dois anos

Desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais, em setembro de 2018, Bolsonaro foi submetido a seis cirurgias - quatro delas relacionadas ao ferimento, além de uma vasectomia feita em janeiro deste ano e a cirurgia para retirar o cálculo na bexiga nesta sexta.

A necessidade da operação desta sexta já havia sido mencionada pelo presidente anteriormente, em setembro.

Veja um resumo dos procedimentos aos quais Bolsonaro foi submetido desde a campanha:

6 de setembro de 2018: Bolsonaro leva a facada e faz primeira cirurgia em hospital de Juiz de Fora (MG)

12 de setembro de 2018: Em São Paulo, Bolsonaro passa por uma segunda cirurgia para desobstrução do intestino

28 de janeiro de 2019: Bolsonaro realiza cirurgia para retirada da bolsa de colostomia colocada após facada

8 de setembro de 2019: Para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma operação anterior, Bolsonaro é submetido a uma nova cirurgia

30 de janeiro de 2020: Bolsonaro é internado em Brasília para exames e faz uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos; o Planalto não emitiu nota oficial confirmando a operação.

Boletim Médico

Veja a íntegra do boletim médico divulgado na manhã deste sábado:

"O Excelentíssimo Presidente da República Jair Bolsonaro segue com ótima evolução clínica e sem complicações cirúrgicas. Não apresenta sangramentos e está afebril. Foi retirada a sonda vesical para que ele urine espontaneamente. O paciente está recebendo hidratação oral e caminhando fora do quarto.

Dr. Leandro Santini Echenique, cardiologista

Dr. Leonardo Lima Borges, urologista

Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor-Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein"

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