O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu alta no início da tarde desta quarta-feira (13), após 17 dias internado no Hospital Albert Einstein, na região central de São Paulo.
A informação foi confirmada pelo porta-voz da presidência. Ele deixou o centro médico por volta das 12h20, e segue para o Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, onde há um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) à espera.
O boletim médico, divulgado pelo hospital logo após a saída do presidente, afirma que Bolsonaro "recebeu alta nesta manhã com o quadro pulmonar normalizado, sem dor, afebril, com função intestinal restabelecida e dieta leve por via oral".
O texto diz ainda que "Durante o período de internação, realizou exercícios de fisioterapia respiratória e motora, com períodos de caminhada fora do quarto. Medidas de prevenção de trombose venosa também foram adotadas."
Bolsonaro passou por uma cirurgia para retirar uma bolsa de colostomia e refazer a ligação entre o intestino delgado e parte do intestino grosso no dia 28 de janeiro.
Na semana passada, após um episódio isolado de febre, ele foi submetido a exames e diagnosticado com pneumonia.
O último boletim médico, divulgado na tarde desta terça-feira (12), informava que Bolsonaro mantinha "boa evolução clínica, está sem febre, sem dor abdominal e o quadro pulmonar encontra-se em resolução"
CRONOLOGIA DA INTERNAÇÃO:
Segunda-feira (28/1)
Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. O procedimento terminou após sete horas e ocorreu "com êxito", segundo informou o Palácio do Planalto. O vice-presidente Hamilton Mourão assumiu a Presidência da República por dois dias.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, a cirurgia foi realizada "sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue". Foi realizada uma "anastomose do íleo com o cólon transverso", que é a união do intestino delgado com uma parte do intestino grosso. Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
Terça-feira (29/1)
Bolsonaro seguiu na UTI do Hospital Albert Einstein após a retirada da bolsa de colostomia. Ele recebeu analgésicos para controle da dor e não apresentou sangramentos ou complicações, ficando sem febre ou sinais de infecção.
Quarta-feira (30/1)
Bolsonaro reassumiu a Presidência da República e passou a despachar de um escritório que foi montado no mesmo andar onde está internado no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
Quinta-feira (31/1)
O porta-voz da presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que Bolsonaro estava tentando se manter sem falar, mas a recomendação médica era difícil de ser acolhida: "O presidente é difícil, ele está falando já. A despeito do médico dizer para ele ficar calado, ele já está falando".
Sexta-feira (1º/2)
O boletim médico do dia informou que Bolsonaro teve boa evolução clínica. "Já apresenta sinais de início dos movimentos intestinais". "Segue com dieta parenteral (endovenosa) exclusiva, sem infecção ou outras complicações. Realiza fisioterapia respiratória e períodos de caminhada fora do quarto. Por ordem médica, o paciente segue com visitas restritas."
Sábado (2/2)
O presidente teve náuseas e vômito, e os médicos precisaram colocar uma sonda nasogástrica.
Domingo (3/2)
Bolsonaro continuou usando uma sonda nasogástrica aberta, com evolução clínica estável. De acordo com o boletim médico, o presidente ficou sem dor e sem sinais de infecção. Bolsonaro foi submetido a uma tomografia de abdômen que descartou complicações cirúrgicas. Ele ficou em jejum oral e nutrição parenteral exclusiva.
Segunda-feira (4/2)
Bolsonaro teve elevação na temperatura, passou a tomar antibiótico e a alta prevista para quarta-feira (6) foi adiada. O boletim médico informou que o presidente passou a tomar antibióticos e foram realizados novos exames de imagem. Identificou-se uma coleção líquida ao lado do intestino na região da antiga colostomia. Foi submetido à punção guiada por ultrassonografia e permaneceu com dreno no local. O presidente apresentou movimentos intestinais e teve dois episódios de evacuação.
Terça-feira (5/2)
O presidente teve melhora do seu estado de saúde e começou a receber líquido por via oral. Bolsonaro apresentou aumento da movimentação intestinal, o que possibilitou o início de injeção de líquido por via oral. "Os exames laboratoriais apresentam melhora. O paciente segue com antibióticos e dreno no abdome", disse o boletim médico.
Quarta-feira (6/2)
O presidente apresentou quadro clínico estável, sem dor ou febre, com melhora dos exames laboratoriais e de imagem. Ele também voltou a caminhar no corredor do Hospital Albert Einstein.
Quinta-feira (7/2)
Segundo boletim médico, Bolsonaro teve um episódio de febre e uma tomografia no tórax detectou uma pneumonia. Segundo os exames, a pneumonia teve origem bacteriana. Foi acrescentado um novo antibiótico no tratamento do presidente.
Sexta-feira (8/2)
Bolsonaro retirou o dreno colocado no seu abdômen e a sonda nasogástrica. Ele também se alimentou pela primeira vez.
Sábado (9/02)
Bolsonaro começa dieta cremosa e tem melhora nos resultados do raio-x dos pulmões.
Domingo (10/02)
Presidente mantém boa evolução clínica, não tem febre e o quadro pulmonar apresenta melhora significativa. Ele prosseguiu com os mesmos antibióticos e iniciou a redução gradativa da nutrição parenteral (endovenosa), mantendo dieta cremosa associada ao suplemento nutricional especializado por via oral. "Segue realizando exercícios respiratórios e de fortalecimento muscular, alternados a períodos de caminhada", dizia o boletim médico.
Segunda (11/02)
Bolsonaro tem alta da unidade semi-intensiva e vai para o quarto.
Terça-feira (12/02)
Pneumonia diagnosticada no último dia 7 e está quase sanada, segundo a equipe médica.