O candidato ao Planalto pelo PSL, Jair Bolsonaro, considerou “um excesso” o assassinato do mestre de capoeira Moa do Katendê, em Salvador. Na 3ª feira (09/10), em uma entrevista coletiva, o militar comentou o crime e afirmou que não tem controle sobre seus apoiadores, por isso não tem nada a ver com o assunto.
“Pô, cara! Foi lá pergunta essa invertida… quem tomou a facada fui eu, pô! O cara lá que tem uma camisa minha, comete lá um excesso. O que eu tenho a ver com isso? Eu lamento. Peço ao pessoal que não pratique isso. Eu não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”, disse.
Bolsonaro afirmou ainda que a violência vem daqueles que defendem Fernando Haddad (PT). “A violência veio do outro lado, a intolerância veio do outro lado. Eu sou a prova –graças a Deus, viva– disso aí”, afirmou.
Assassinato de Moa
O compositor, dançarino, capoeirista e educador na propagação da cultura afro-brasileira, Moa do Katendê foi assassinado em Salvador, na Bahia, após discutir com 1 outro homem sobre o resultado das urnas do 1º turno na madrugada de 2ª feira (8.out).
Segundo a polícia, o suspeito do crime, Paulo Sérgio Ferreira de Santana, de 36 anos, pagou a conta depois de um desentendimento, saiu do bar onde estavam e voltou logo em seguida quando deu 12 facadas no capoeirista pelas costas.
Testemunhas disseram que a briga aconteceu por divergências políticas, mas Paulo Sérgio afirma ter sido ofendido por Moa antes de cometer o crime.