O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) desembarcou nesta terça-feira (6), na Base Aérea de Brasília, pouco antes das 9h. Esta é a primeira viagem de Bolsonaro à capital desde a vitória nas urnas.
Uma comitiva de 12 pessoas viajou com o presidente eleito entre assessores e o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão. Bolsonaro chegou à cidade em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Bolsonaro deixou o condomínio onde mora, na Barra da Tijuca, às 5h27, e chegou à base aérea do Galeão às 6h. No trajeto, um dos batedores que formava o comboio se acidentou.
No último dia 28 de outubro, Bolsonaro foi eleito ao receber 57,7 milhões de votos (55,13%) e derrotar Fernando Haddad (PT). A posse dele como presidente da República está marcada para 1º de janeiro, e o mandato vai até 31 de dezembro de 2022.
A viagem de Bolsonaro a Brasília marca o início formal da transição de governo, segundo o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Pela agenda prevista, Bolsonaro se encontrará nesta quarta (7) com o presidente Michel Temer e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.
O gabinete de transição já começou a funcionar. Dos 50 nomes que poderão compor o grupo, 27 já foram apresentados oficialmente. O gabinete funcionará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e será coordenado por Onyx Lorenzoni.
30 anos da Constituição
A agenda oficial de Bolsonaro em Brasília não foi divulgada pela assessoria do presidente eleito.
Mas a expectativa é que ele participe, nesta terça-feira, da sessão solene no Congresso Nacional em homenagem aos 30 anos da Constituição.
Na passagem pelo Congresso, Bolsonaro deverá se encontrar com os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Além de Bolsonaro, são esperados Temer, Dias Toffoli e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entre outras autoridades.
O Congresso, contudo, barrou o acesso da imprensa a uma parte do plenário da Câmara durante a sessão. Os jornalistas terão acesso somente às galerias, na parte superior do plenário, e não poderão acessar a tribuna de imprensa, próxima ao local onde ficam autoridades e parlamentares.
"O evento vai requerer um esquema especial de segurança e a circulação estará restrita nesse dia", afirmou o Senado em comunicado à imprensa.
Procurada pelo G1, a assessoria do Senado não informou quais razões motivaram a imposição de restrições a jornalistas. Segundo a TV Globo apurou, a orientação partiu da Polícia Legislativa do Senado.