Bolsa Família: 70% dos beneficiários que moram em favelas trabalham

A pesquisa foi apresentada pelo presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.

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A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou nesta terça-feira (3) que o comportamento dos mais pobres ainda é desconhecido pelos brasileiros e acaba reforçando os mitos de que são perdedores ou preguiçosos. Pesquisa apresentada durante o 2º Fórum Nova Favela Brasileira, em São Paulo, aponta que 7 em cada 10 beneficiários do Bolsa Família que moram em favelas trabalham.

Os dados confirmam estudos do governo federal, que apontam que mais de 70% das famílias que recebem a complementação de renda estão no mercado de trabalho. “Essa ideia de que o favelado gosta do tráfico, que é o jeito fácil de ganhar dinheiro, é a mesma ideia que faz as pessoas pensarem que o nordestino é preguiçoso”, contou.

A pesquisa foi apresentada pelo presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles. “Eles trabalham e ganham pouco. E necessitam do Bolsa Família para sonhar mais longe”, afirmou. O estudo ainda mostrou que um em cada quatro moradores das favelas recebem a complementação de renda. “Estamos vendo o Bolsa Família hoje como um grande aliado para a redução extrema da pobreza”, disse Meirelles.

Nos últimos 10 anos, com mais trabalho e renda, os moradores das favelas ascenderam economicamente. “O que mudou na vida dos moradores foi aquela carteirinha azul, não foi só o Bolsa Família", completou, ao citar a carteira de trabalho e os empregos criados nos últimos anos.

A ministra Tereza Campello defendeu o trabalho do governo na geração de empregos que garantiram ganhos sociais nos últimos anos. “Parece que a geração de mais de 20 milhões de empregos formais nos últimos 12 anos ocorreu naturalmente, mas não ocorreu”, ressaltou. “A questão da empregabilidade é um esforço do governo brasileiro.”

Menos filhos – O aumento do número de filhos é outro mito que foi rebatido pela ministra Tereza Campello. “Os dados mostram que o número de filhos caiu violentamente em todo Brasil, 10% em média. Entre os pobres caiu 16% e os pobres nordestinos caiu 26%, muito mais que a média nacional. No entanto as pessoas continuam repetindo a mesma coisa”, finalizou.

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