Aos 92 anos, morreu na manhã deste sábado, 8, no interior paulista, o bispo emérito Dom Pedro Casaldáliga, da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Conhecido internacionalmente pela defesa dos direitos humanos e pela sua atuação em prol dos povos indígenas, Casaldáliga estava internado desde o dia 27, com graves problemas respitarórios.
No último dia 4, foi transferido para Batatais, onde faleceu às 9h40, segundo comunicado oficial da Prelazia, da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos) e da Ordem de Santo Agostinho (Agostinianos).
Dom Pedro Casaldáliga chegou a fazer o teste de covid-19 quando ainda estava em Mato Grosso e o resultado foi negativo. Ele sofria de problemas respiratórios há décadas, agravado mais recentemente pelo Mal de Parkinson. Em função do quadro de saúde, Casaldáliga não conseguia mais falar nem andar. Ele vivia no interior de Mato Grosso assistido por cuidadores. As visitas haviam sido ainda mais restringidas em função do novo coronavírus.
Nascido na Catalunha, em uma província de Barcelona, Dom Pedro Casaldáliga vivia no Brasil desde 1968. Um dos expoentes da Teologia da Libertação, atuou na defesa de minorias no interior de Mato Grosso e sofreu diversas ameaças de morte em função de suas posições políticas, sempre a favor das minorias.
De acordo com o padre Reni Bresolin, missionário claretiano, o corpo de Casaldáliga será embalsamado e velado em três cidades. O primeiro velório deve começar por volta das 14h deste sábado na capela do Claretiano, no Centro Universitário de Batatais, e seguir até as 15h este domingo, 9, quando será celebrada uma missa de corpo presente.
De Batatais, o corpo seguirá para Ribeirão Cascalheira (MT). Lá, o velório está marcado para ocorrer no Santuário dos Mártires, a partir de segunda, 10, ainda sem previsão de horário. E, por fim, a última homenagem ao bispo será feita em São Félix do Araguaia, no Centro Comunitário Tia Irene, também sem previsão de data ou horário, seguida do sepultamento.