BH tem recorde de ocupação de leitos de UTI após retomada do comércio

Índice vem subindo gradativamente desde o dia 25 de maio. No estado, a ocupação de leitos de UTI e clínicos está em 72%.

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A taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva dedicados a pacientes com Covid-19 em Belo Horizonte atingiu, pela primeira vez, a marca de 80%. É o maior índice registrado desde a reabertura gradual do comércio na capital. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal nesta segunda-feira (15), mas se refere ao domingo.

De acordo com último boletim epidemiológico, Belo Horizonte tem 3.487 casos confirmados de Covid-19. 67 pessoas morreram por causa da doença.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI está em 82%. Desde a flexibilização do isolamento social em Belo Horizonte, que ocorre em etapas, este índice vem crescendo gradativamente. No dia 25 de maio, primeiro dia de funcionamento parcial do comércio, a taxa era de 48%. Já no dia 8, quando começou a segunda etapa de reabertura dos estabelecimentos, esta taxa chegou a 72%.

No caso dos leitos de enfermaria para pacientes com sintomas de Covid-19, a taxa de ocupação ainda não está em nível de atenção. Neste domingo, o índice era de 63%.

Considerando todos os casos de internação, 80% dos leitos de UTI e 70% dos leitos de enfermaria estão ocupados em BH.

Flexibilização do isolamento em BH

A primeira etapa de flexibilização do isolamento social em Belo Horizonte começou no dia 25 de maio, dois meses depois de a prefeitura decretar calamidade em saúde pública e proibir funcionamento do comércio não essencial.

O processo de retomada das atividades comerciais na cidade tem previsão de acontecer em quatro etapas, dependendo da evolução do contágio da doença.

A segunda etapa de reabertura do comércio aconteceu no dia 8 de junho. A terceira poderia ocorrer a partir desta segunda-feira (15), mas, conforme adiantou ao G1, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse, em entrevista coletiva na última sexta-feira (12), que não recuaria, nem avançaria no plano de flexibilização do isolamento social, mantendo o comércio em funcionamento como já estava.

Hospital de Campanha

Na sexta-feira (12), o secretário municipal de Saúde Jackson Machado chegou a dizer, em entrevista coletiva, que pediu ao governo do estado para abrir o hospital de campanha. Ele disse que teme que a falta de leitos no interior acabe pressionando a estrutura de saúde da capital.

“Entrei em contato com o secretário de Saúde para inaugurar o Hospital de Campanha pra atender região Centro-sul, pra atender as cidades. Se não for aberto, vai pressionar BH, o que não é correto, do ponto de vista do SUS”, disse.

Inaugurado no final de abril, o hospital segue fechado. Com 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização, o espaço não tem leitos de UTI, que são o gargalo do SUS e primordiais no tratamento de casos graves de Covid-19.

A Secretaria de Estado de Saúde não comentou sobre o pedido feito pela prefeitura, mas afirmou que ainda não foi demandada para abrir a estrutura.

Questionada se já a estrutura já teria profissionais disponíveis caso precise abrir imediatamente, a SES-MG informou que foi publicado um aviso, no dia 6 de junho, para selecionar Organizações Sociais (OS) interessadas em participar da gestão do hospital. Entre os requisitos exigidos dos interessados está "a comprovação de experiência prévia de gestão de unidade ou de serviços de assistência à saúde, própria ou de terceiros por, no mínimo, dois dos últimos cinco anos anteriores à data do requerimento de qualificação".

Ocupação de leitos em Minas Gerais

A taxa de ocupação geral de leitos de UTI no estado está em 72%. São 365 pacientes com sintomas de Covid-19 internados nestas unidades, o que representa 13% do total.

No caso de leitos de enfermaria, o percentual geral de ocupação é de 72%. São 1.112 pacientes com Covid-19 internados neste tipo de leito, o que corresponde a 9,15% do total.

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