Bebê morre e pai lamenta por o ter esquecido em carro

A mãe da menina Camila Suhett Mantilla, de 29 anos, entrou em estado de choque.

Manuella Suhett Mantilla, de dez meses, morreu após ficar horas no carro da família, onde foi esquecida pelo pai | Divulgacao
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O pai da menina Manuella Suhett Mantilla, de apenas dez meses de vida, que morreu ao ser esquecida por ele no carro da família em Volta Redonda, no sul fluminense, nesta quinta-feira (8), deu um depoimento dramático ao delegado Márcio Figueiroa. Clóvis Perrut Mantilla, de 29 anos, afirmou que não sabia como iria encarar a mulher após a morte da filha.

? Ele me falou ?Doutor, o senhor pode me prender, pode fazer o que for que eu já não me importo. Quero ver como a minha mulher vai olhar para mim. Ela não vai mais olhar para mim como marido e sim como assassino da minha filha?.

Ainda segundo o delegado Márcio Figueiroa, a mãe da menina Camila Suhett Mantilla, de 29 anos, entrou em estado de choque no hospital São João Batista para onde a criança foi levada, após ser resgatada no carro. Camila precisou ser internada.

? A mãe foi ao hospital, mas não conseguiu vir à delegacia. Ela entrou em estado de choque e ficou internada. Ela não estava aceitando a morte da filha e queria a filha para amamentá-la.

Clóvis foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, mas vai responder em liberdade. De acordo com o delegado Márcio Figueiroa, ele pagou a fiança de R$ 12.644. Ele pode pegar de um a três anos de prisão, mas segundo ele, se o juiz entender que a morte da menina já foi uma punição pela negligência, ele pode ser beneficiado por um recurso jurídico.

? Ele vai responder em liberdade, mas está sujeito a detenção de um a três anos de prisão. Ao final do processo, o juiz pode entender que a aplicação desta pena não é necessária, por que a pena do pai já foi a morte da filha. Com isso, ele pode receber um benefício chamado de perdão judicial.

O corpo da menina foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) onde passou por necropsia. O delegado Márcio Figueiroa disse que a causa da morte da criança ainda não foi confirmada oficialmente e que o laudo do instituto deve sair em 10 dias. No entanto, a hipótese mais provável é de que o bebê tenha sofrido asfixia, já que tinha espuma na boca.

O corpo de Manuella será enterrado às 14h desta sexta, no Cemitério Parque Portal da Saudade. Às 12h30, o corpo da criança estava sendo velado na capela mortuária do Aterrado. O sepultamento será no trecho do cemitério conhecido como Jardim das Palmeiras.

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