Sofia Maria Carvalho Reis tem 07 meses e 26 dias de idade, mas já enfrenta várias dificuldades. A garotinha nasceu com Cardiopatia Congênita (Defeito no Septo do Atrioventricular Total – DSAVT) e Síndrome de Down. Essa anormalidade surge nas primeiras 8 semanas de gestação, quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca.
Os médicos informaram aos pais de Sofia Maria que a cirurgia tem que ser feita até o nono mês de vida para reverter o seu problema.
Faltando pouco mais de 30 dias, os pais Amanda Reis de Oliveira e Francisco da Chagas Carvalho Rego não sabem mais o que fazer para ajudar sua filha, já que a cirurgia não é feita no Estado. A criança está cadastrada no TFD (Tratamento Fora de Domicílio) desde o dia 14 de julho e até o momento não obteve nenhuma previsão de quando será chamada. Por conta disso, a mãe e o pai já entraram com mandado de segurança na Justiça para agilizar o caso.
Sofia Maria Carvalho faz 08 meses no dia 03 de janeiro, ou seja, o prazo está se esgotando. Caso ela não faça a cirurgia, a possibilidade dela contrair uma infecção é maior. “Nosso desejo é tentar conseguir sensibilizar as autoridades e ter uma resposta. O médico nos falou que se ela não fizer o tratamento até os nove meses, ela pode contrair hipertensão pulmonar, ficando inviável fazer a cirurgia”, conta Francisco da Chagas Carvalho Rego.
O pai conta que tem esperanças de conseguir uma resposta positiva para o caso de Sofia. “Recebemos uma notícia que em Belo Horizonte (MG) teria uma vaga. Mas essa não é a primeira vez que ficamos sabendo de uma vaga. Ela participa de uma fila nacional e pode ir para qualquer hospital, temos a esperança de conseguir”, fala.
Como a cirurgia não é feita no Piauí, e a demora é grande, a família já acionou a justiça para agilizar o processo, mas até o momento sem sucesso. A família não mora em Teresina e tem que deslocar de Barras até a Capital para consultas no pediatra e cardiologista todo o mês. “Temos que alugar um carro para trazê-la para Teresina, pois no ônibus pode causar alguma alteração nela por conta dos movimentos, é tudo por nossa conta”, declara Francisco.
Caso os pais consigam a vaga, o TFD custeia o tratamento e as passagens da paciente e de um acompanhante, no caso o da mãe. “Ela não tem condições psicológicas de ir sozinha, vamos mandar um acompanhante para ajudar e isso será por nossa conta, todos os gastos vai sair do nosso bolso”, explica o pai.
Para tentar conseguir dinheiro os pais explicam que já fizeram várias campanhas e bingos e contam com a ajuda de vizinhos e familiares. Eles abriram uma conta para doações em qualquer valor, para ajudar no tratamento da filha. A conta é no Banco do Brasil, agência 2844-4, conta 21928-2, no nome de Francisco das Chagas Carvalho Rego.
“Caso a cirurgia não seja feita a tempo, o médico falou que o caso fica nas mãos de Deus. Ela pode viver um ou dez dias, ou anos. Estamos fazendo tudo para termos uma solução o quanto antes. Esperamos que até o dia 09 tenhamos uma resposta”, finaliza Francisco. (G.C).