A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma megaoperação, nesta quinta-feira (27/10), para desarticular um esquema especializado no furto de placas de transmissão de sinais de internet. Investigadores da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia centro) cumpriram 32 mandados de busca e apreensão, sendo 26 em Goiás, cinco no DF e um em Tocantins.
As apurações, que duraram oito meses, identificaram que o grupo criminoso era responsável pela prática de inúmeros furtos de placas de transmissão de internet, transformadores, baterias e demais acessórios pertencentes a empresas de telefonia em toda a região Centro Oeste.
As investigações tiveram início em janeiro, após o bando ter subtraído placas de transmissão de sinais de internet de uma torre erguida em Ceilândia. O furto chamou a atenção da PCDF, em razão da especificidade do objeto furtado e do valor de mercado, avaliado em mais de R$ 100 mil, o que indicava se tratar de um grupo especializado.
Esquema milionário
Os policiais chegaram aos autores do furto e aprofundaram as investigações sobre os mandantes do esquema. As equipes, então, identificaram um esquema milionário de furto, receptação e utilização das placas das operadoras na atividade comercial de uma grande fornecedora de internet que atua no interior de Goiás.
Os equipamentos furtados eram repassados a um receptador específico e a outros de menor dimensão por valores que não chegavam a 20% do preço de mercado. Com isso, eram utilizados por essas empresas para a distribuição de sinais de internet nas cidades onde atuavam.
Essas empresas costumam oferecer os serviços de internet em localidades do interior, em que as grandes fornecedoras não têm interesse de atuar. Com isso, a prestadora do serviço comprava o sinal das grandes operadoras e revendia para os consumidores finais. Para a realização dessa atividade, são necessários aparelhos de alto custo.
Núcleo de criminosos
A empresa alvo principal do serviço adquiria grande parte dos equipamentos furtados das torres de transmissão das operadoras. Curiosamente, são as mesmas de quem a companhia envolvida comprava os sinais para revender. No decorrer da apuração, os policiais chegaram a prender, em flagrante, os mesmos autores que praticaram o furto que motivou o início da investigação.