Banco de alimentos da Nova Ceasa atuante no combate à fome

O recorde mais recente foi do mês de outubro, com 46 toneladas de alimentos arrecadados, um número elevado em comparação a média que fica em torno de 20 ou 27 toneladas.

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Na manhã desta terça-feira (19), o Banco de Alimentos da Nova Ceasa, localizado no Parque São João,  recebeu a visita técnica de representantes da pesquisa nacional de Banco de Alimentos para conhecer a estrutura, coletar informações sobre o funcionamento e os números alcançados pelo projeto social que combate a fome e o desperdício de frutas e verduras no entreposto piauiense. A pesquisa faz parte do Ministério da Cidadania, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) e com o Fundo Mundial para a Natureza no Brasil (WWF Brasil).

Crédito: José ALves Filho

O Banco de Alimentos da Nova Ceasa foi inaugurado em agosto do ano de 2018. Ao longo desse tempo, houve um crescimento exponencial de doações. O recorde mais recente foi do mês de outubro, com 46 toneladas de alimentos arrecadados, um número elevado em comparação a média que fica em torno de 20 ou 27 toneladas. Em apenas um ano e três meses, a arrecadação total foi de 320 toneladas de alimentos que beneficiam instituições socioassistenciais.

O número de entidades contempladas mais que dobrou. No início, eram 10 e hoje são 25 instituições. A lista de espera chega ao total de 100 interessadas em receber as doações do banco, que prefere manter uma quantidade pequena para o mantimento da frequência semanal.

Janice Lustosa, diretora técnica relatou que a visita geral das pesquisadoras vai emitir uma visão ampliada do funcionamento do banco, como as metas atingidas nos projetos. “São muitos alimentos que deixaram de ir para o aterro sanitário e que hoje a gente  faz essa distribuição para essas instituições. E essa pesquisa vai também possibilitar ideias de como selecionar alimentos, fazer uma triagem diferenciada ou um processamento mínimo ”, especificou.

As instituições recebem doação de acordo com o público. São desde associações que trabalham com adolescentes, idosos casas de umbanda, até  pessoas em situação de rua, dependentes químicos em tratamento e demais que atuam no tratamento de doenças como câncer. 

Este ano, o Banco de Alimentos ganhou o prêmio de melhor projeto de inclusão social do Piauí e também um prêmio de reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), como modelo de participação público privada a ser replicado por outras instituições por meio do projeto Banco de Alimentos

Hoje, a Rede Brasileira de Bancos de Alimentos é composta por 239 unidades em todo o país, das quais 107 são coordenadas por governos estaduais e municipais.

Natália Tenuta, nutricionista e coordenadora da pesquisa nacional de Banco de Alimentos está com o trabalho que carrega o intuito de aproximar os bancos brasileiros. “Fizemos um mapeamento em 2017 de todos que estão em funcionamento no país e encontramos 233”, disse. 

Os dados reunidos pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e pelo Instituto René Rachou da Fiocruz Minas buscam entender as dificuldades, as boas experiências e compartilhar todas essas realidades dos bancos de alimentos brasileiros. 

“As experiências bem sucedidas de um banco podem contribuir para o funcionamento de outro banco. Não é uma pesquisa fiscalizatória, pelo contrário, é para contribuir com a redução de perdas e desperdício de alimentos, contribuir para garantia do direito humano de alimentação adequada e promover as ações de educação alimentar nutricional, no sentido de estimular a alimentação saudável”, explicou Natália Tenuta.

A pesquisa já produziu um guia de boas práticas para bancos de alimentos, publicado pela Anvisa no mês de setembro, com material de apoio e sensibilização, aos parceiros para que eles entendam mais sobre o banco de alimentos e o funcionamento de materiais técnicos.

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